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Em reunião extraordinária do Brics, Lula volta a cobrar reforma no Conselho de Segurança da ONU

O presidente brasileiro diz que é preciso ter cuidado para que guerra não se alastre para países vizinhos

Em reunião extraordinária do Brics, Lula volta a cobrar reforma no Conselho de Segurança da ONU
Em reunião extraordinária do Brics, Lula volta a cobrar reforma no Conselho de Segurança da ONU
O presidente Lula no encerramento da Cúpula do Brics na África do Sul. Foto: Phill Magakoe/AFP
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou, na manhã desta terça-feira 21, na Cúpula Virtual Extraordinária do Brics. O grupo é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, mas, na última reunião de cúpula, outros países – Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes, Etiópia e Irã – foram convidados para o agrupamento.

A reunião de hoje, realizada por videoconferência, teve como pauta o conflito entre Israel e o grupo Hamas, que vem escalonando desde o último dia 07 de outubro. 

Lula começou o discurso destacando que o Brasil “condenou de maneira veemente os ataques terroristas do Hamas em 07 de outubro contra o povo israelense”, chamando a atenção para o fato de que três brasileiros foram vítimas dos ataques. No entanto, segundo Lula, “tais atos bárbaros não justificam o uso da força indiscriminada e desproporcional contra civis”. 

No discurso, o presidente brasileiro cobrou, novamente, uma reforma no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Lula voltou a lamentar o fato de que os Estados Unidos, que têm poder de veto no conselho, foram contra uma proposta do Brasil que visava criar um corredor humanitário em Gaza. “A paralisia do Conselho é mais uma demonstração da urgência da sua reforma”. 

O presidente brasileiro também pontuou que o grupo deve “atuar para evitar que a guerra se alastre para os países vizinhos”. Na esteira desse entendimento, Lula responsabilizou os dois lados do conflito.

“Não podemos esquecer que a guerra atual também decorre de décadas de frustração e injustiça, representada pela ausência de um lar seguro para o povo palestino”, afirmou.

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