Cultura

Arqueólogos desenterram ossada que pode ser da Mona Lisa

Se for confirmada a identidade do esqueleto, os investigadores iniciarão um processo de dois meses para reconstruir o rosto

Arqueólogos desenterram ossada que pode ser da Mona Lisa
Arqueólogos desenterram ossada que pode ser da Mona Lisa
Esqueleto humano desenterrado num túmulo do Convento Medieval de Santa Úrsula, em Florença. Foto: Claudio Giovannini/AFP
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Por Ella Ide


Uma equipe de arqueólogos italianos desenterrou nesta terça-feira 24 em um convento abandonado de Florença um esqueleto muito bem conservado que pode ser de La Gioconda, a mulher do sorriso misterioso que Leonardo Da Vinci imortalizou no célebre quadro da Mona Lisa.

Até agora foram descobertos vários corpos na busca pelos restos mortais de Lisa Gherardini, a nobre florentina que pode ter sido o modelo do retrato que Da Vinci pintou entre 1503 e 1506.

Segundo Silvano Vinceti, diretor da equipe de arqueólogos, este esqueleto em particular é muito promissor, mas ainda será preciso fazer testes pra comprovar sua identidade.

“Creio que chegamos à parte realmente emocionante para os investigadores, a conclusão de nosso trabalho no qual nos aproximamos da pergunta-chave: encontraremos ou não os restos de Lisa Gherardini?”, afirmou Vinceti, especialista na solução de mistérios da História da Arte.

Os arqueólogos começaram a cavar no ano passado, quando novos documentos confirmaram que Gherardini, a esposa de um rico negociante de seda florentino chamado Francesco del Giocondo, viveu no convento depois da morte de seu marido, onde suas duas filhas freiras cuidaram dele e onde, em seguida, ela foi enterrada.

Acredita-se que Del Giocondo encomendou o retrato a Da Vinci e, apesar de não existirem provas tangíveis, a maioria dos historiadores está de acordo que Lisa Gherardini serviu de modelo para o retrato que hoje pode ser admirado no Louvre de Paris.

Os pesquisadores submeterão agora os restos do esqueleto conservado a uma série de testes para confirmar se pertencem a Gherardini, na esperança de reconstruir seu rosto e compará-lo com os traços faciais da pintura de Da Vinci.

“Os testes com carbono-14 nos permitem datar o período para saber se os restos são de meados do século XVI. Depois faremos testes para conhecer a idade da pessoa quando morreu. Sabemos que Gherardini tinha 62 ou 63 anos quando morreu”, afirmou Vinceti.

“Depois vem o teste mais importante, o do DNA, porque temos os restos mortais de suas filhas. Se corresponderem, saberemos que são os restos da modelo que inspirou a Mona Lisa”, acrescentou o arqueólogo, que também preside o Comitê Nacional Italiano para o Legado Cultural.

Se for confirmada a identidade do esqueleto, os investigadores iniciarão um processo de dois meses para reconstruir o rosto.

“Os traços fundamentais serão claramente visíveis. Já tentamos com Dante Alighieri, quando reconstruímos seu rosto. Seremos capazes de deixar para trás as hipóteses e comparar realmente o rosto reconstituído da musa que inspirou o artista”, explica o especialista.

A identidade da Mona Lisa e de seu enigmático sorriso são um dos grandes mistérios da História da Arte e os arqueólogos da equipe italiana asseguram que é emocionante estar tão perto de desvendá-lo.

 

Leia mais em AFP Movel.

Por Ella Ide


Uma equipe de arqueólogos italianos desenterrou nesta terça-feira 24 em um convento abandonado de Florença um esqueleto muito bem conservado que pode ser de La Gioconda, a mulher do sorriso misterioso que Leonardo Da Vinci imortalizou no célebre quadro da Mona Lisa.

Até agora foram descobertos vários corpos na busca pelos restos mortais de Lisa Gherardini, a nobre florentina que pode ter sido o modelo do retrato que Da Vinci pintou entre 1503 e 1506.

Segundo Silvano Vinceti, diretor da equipe de arqueólogos, este esqueleto em particular é muito promissor, mas ainda será preciso fazer testes pra comprovar sua identidade.

“Creio que chegamos à parte realmente emocionante para os investigadores, a conclusão de nosso trabalho no qual nos aproximamos da pergunta-chave: encontraremos ou não os restos de Lisa Gherardini?”, afirmou Vinceti, especialista na solução de mistérios da História da Arte.

Os arqueólogos começaram a cavar no ano passado, quando novos documentos confirmaram que Gherardini, a esposa de um rico negociante de seda florentino chamado Francesco del Giocondo, viveu no convento depois da morte de seu marido, onde suas duas filhas freiras cuidaram dele e onde, em seguida, ela foi enterrada.

Acredita-se que Del Giocondo encomendou o retrato a Da Vinci e, apesar de não existirem provas tangíveis, a maioria dos historiadores está de acordo que Lisa Gherardini serviu de modelo para o retrato que hoje pode ser admirado no Louvre de Paris.

Os pesquisadores submeterão agora os restos do esqueleto conservado a uma série de testes para confirmar se pertencem a Gherardini, na esperança de reconstruir seu rosto e compará-lo com os traços faciais da pintura de Da Vinci.

“Os testes com carbono-14 nos permitem datar o período para saber se os restos são de meados do século XVI. Depois faremos testes para conhecer a idade da pessoa quando morreu. Sabemos que Gherardini tinha 62 ou 63 anos quando morreu”, afirmou Vinceti.

“Depois vem o teste mais importante, o do DNA, porque temos os restos mortais de suas filhas. Se corresponderem, saberemos que são os restos da modelo que inspirou a Mona Lisa”, acrescentou o arqueólogo, que também preside o Comitê Nacional Italiano para o Legado Cultural.

Se for confirmada a identidade do esqueleto, os investigadores iniciarão um processo de dois meses para reconstruir o rosto.

“Os traços fundamentais serão claramente visíveis. Já tentamos com Dante Alighieri, quando reconstruímos seu rosto. Seremos capazes de deixar para trás as hipóteses e comparar realmente o rosto reconstituído da musa que inspirou o artista”, explica o especialista.

A identidade da Mona Lisa e de seu enigmático sorriso são um dos grandes mistérios da História da Arte e os arqueólogos da equipe italiana asseguram que é emocionante estar tão perto de desvendá-lo.

 

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