Política
Câmara Municipal de São Paulo cria CPI para investigar a atuação da Enel
A instalação está agendada para esta quinta-feira 9, às 13h. A comissão terá sete integrantes e será presidida por João Jorge (PSDB)


A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quarta-feira 8 a criação de uma CPI para investigar os serviços prestados pela Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica na capital paulista.
A comissão terá inicialmente um prazo de funcionamento de 120 dias para apurar “a falta de assistência, o serviço deficitário prestado aos munícipes paulistanos, as constantes interrupções de energia em decorrência da falta de manutenção e poda preventiva da vegetação do porte arbóreo ao redor dos cabos das vias públicas do município”, de acordo com o texto do requerimento para criar a CPI.
Na manhã desta quarta, segundo os cálculos da concessionária, ainda havia mais de 11 mil de imóveis na cidade sem energia, desde a tempestade da última sexta-feira 3. A empresa privada havia se comprometido a restabelecer o fornecimento até a terça 7, o que não ocorreu.
O requerimento da CPI foi apresentado pelo vereador João Jorge (PSDB). No texto, o tucano justificou a abertura da investigação em razão do prolongado período para a retomada da energia.
Jorge ainda ressalta que a concessionária cortou seu quadro de funcionários e atrasou o cronograma de investimentos.
A instalação da CPI está agendada para esta quinta-feira 9, às 13h, na Câmara. A comissão terá sete integrantes e será presidida por João Jorge.
Na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, já há uma CPI em andamento para apurar “possíveis irregularidades e práticas abusivas cometidas pela Enel na prestação de serviços de fornecimento de energia elétrica na região metropolitana de São Paulo”.
O diretor-presidente da Enel Distribuição São Paulo, Max Xavier Lins, foi chamado para ser ouvido pela CPI da Alesp na próxima semana.
(Com informações da Agência Brasil)
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