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CPI da Enel: Deputado defende indenização a atingidos por apagão em São Paulo
Luiz Claudio Marcolino menciona a perda de matérias-primas em comércios e indústrias, equipamentos, oportunidades de trabalho e alimentos


O deputado estadual Luiz Claudio Marcolino (PT-SP) propôs, nesta segunda-feira 6, uma indenização à população que ficou sem o fornecimento de energia elétrica em São Paulo desde a sexta-feira 3.
A proposta prevê um prazo de 60 dias para que a Enel Brasil, multinacional italiana que detém a concessão do fornecimento de energia em São Paulo, ressarça pessoas físicas e jurídicas.
A Enel opera em São Paulo desde 2018, quando adquiriu a antiga estatal Eletropaulo.
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel, cerca de 2 milhões de pessoas ficaram sem energia em todo o estado, após um temporal. Na capital, o número de atingidos chegou a 800 mil.
Entre os prejuízos causados pelo apagão, o deputado menciona a perda de matérias-primas em comércios e indústrias, equipamentos, oportunidades de trabalho e alimentos.
O requerimento foi apresentado na Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a Enel na Assembleia Legislativa de São Paulo, a Alesp. Os trabalhos apuram “possíveis irregularidades e práticas abusivas” cometidas pela Enel Distribuição São Paulo entre 2018 e 2023. Os parlamentares verificam fatos como quedas de energia, cobranças de valores, execuções de obras e de investimentos, entre outros temas.
Também na CPI, o deputado Guilherme Cortez (PSOL-SP) apresentou um requerimento que solicita esclarecimentos do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e dos diretores da Enel Nicola Cotugno e Marcia Massotti de Carvalho, em audiência na CPI.
Em nota em seu site, a Enel informou ter restabelecido a energia para 85% dos clientes que tiveram o fornecimento impactado.
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