Educação
Enade 2022: nenhum curso de ensino superior alcançou a média esperada
Apenas cinco cursos analisados tiveram desempenho acima de 50%


Os dados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes de 2022 mostram que nenhum curso de ensino superior conseguiu atingir o resultado esperado, de 60 pontos. Os números foram apresentados nesta terça-feira 31 pelo Ministério da Educação.
Ao todo, o Enade contou com quase 600 mil inscrições em todo o País e avaliou 26 cursos. O exame é responsável por acompanhar o desenvolvimento dos concluintes do ensino superior e a qualidade dos cursos.
Apenas cinco cursos conseguiram médias acima de 50%: Os três melhores foram:
- Comunicação Social – Jornalismo (56,89%);
- Secretariado Executivo (57,82%); e
- Turismo (54,03%).
Nos cursos de bacharelado com piores desempenhos no Enade 2022 estão Ciências Contábeis (29,53), Administração (40,77) e Serviço Social (41,63).
Foram avaliadas as áreas de Administração, Administração Pública, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Direito, Jornalismo, Psicologia, Publicidade e Propaganda, Relações Internacionais, Secretariado Executivo, Serviço Social, Teologia e Turismo.
A partir de 2024, os cursos de licenciatura serão os únicos a ter avaliação anual. Atualmente, o exame é feito apenas no ano de conclusão do curso.
Perfil do estudante de ensino superior
O Enade 2022 também coletou informações de cadastro entre os estudantes que realizaram o exame. A maioria é de mulheres brancas de até 24 anos, as primeiras do núcleo familiar a cursarem graduação.
Entre os concluintes, 31,6% receberam algum subsídio público, como bolsas do ProUni ou financiamentos, a exemplo do Fies.
Outros 18,2% dos concluintes de universidades públicas e 2,8% de instituições privadas receberam auxílio-permanência. Já 43,1% dos concluintes de instituições privadas obtiveram algum tipo de bolsa e 9,9%, alguma forma de financiamento.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Educação inclusiva X ensino excludente
Por Contee
Enem 2023: inscritos em locais de prova a mais de 30 km de casa podem prestar o exame em outro dia
Por CartaCapital
Deputados acionam o MEC e o Inep após relatos sobre distância de locais de prova do Enem
Por Camila da Silva e Ana Luiza Basilio