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Exército decide punir 17 militares pelo furto de metralhadoras
Até o momento, 17 armas foram recuperadas, enquanto outras 3 calibre .50 continuam desaparecidas


O Exército decidiu punir administrativamente 17 militares no caso do furto de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra, em Barueri, Grande São Paulo.
Em nota divulgada nesta quinta-feira 26, o Comando Militar do Sudeste anunciou que ’17 militares do Arsenal de Guerra de São Paulo cumprem punição disciplinar, sancionados à luz do Regulamento Disciplinar do Exército (RDE), por falha de conduta e/ou erro de procedimento nos processos de fiscalização e controle de armamento’.
Os militares podem cumprir até 20 dias de prisão disciplinar por terem deixado de fiscalizar e conferir o armamento durante o período em que ele desapareceu.
Há entre os punidos oficiais superiores, capitães, tenentes e subtenentes; o Exército também teria pedido a prisão preventiva de outros seis militares que seguem sendo investigados. Os nomes dos fardados punidos não foram divulgados.
O inquérito militar em curso indicou que oficiais militares desligaram a rede elétrica do arsenal propositalmente, causando um ‘apagão’ nas câmeras de vigilância do local. A suspeita foi levantada depois que peritos do Exército encontraram impressões digitais de militares do AGSP (Arsenal de Guerra de São Paulo) em quadros de energia e na sala de armas.
Segundo informações divulgadas na quarta-feira 25 pelo Jornal Nacional, da TV Globo, a suspeita é de que um cabo tenha usado o carro oficial do então diretor do quartel para retirar as armas do local.
Até o momento, 17 metralhadoras foram recuperadas, enquanto outras 3 armas de calibre .50 continuam desaparecidas.
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