Mundo
Israel diz que ‘não impedirá’ entrada de ajuda humanitária em Gaza a partir do Egito
O anúncio ocorreu durante a visita do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Tel Aviv


Israel anunciou, nesta quarta-feira 18, que autorizará o envio de alimentos, água e medicamentos do Egito para a Faixa de Gaza, alvo de um cerco total dos israelenses em resposta ao ataque executado em 7 de outubro pelo grupo palestino Hamas.
A divulgação ocorreu durante a visita do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Tel Aviv.
“Diante do pedido do presidente Biden, Israel não impedirá o envio de ajuda humanitária pelo Egito”, indicou o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. A autorização, acrescentou, valerá “na medida em que o abastecimento não chegue ao Hamas”.
Israel detalhou que não avalizará a entrada de ajuda humanitária a partir de seu território até que o Hamas liberte os 199 reféns mantidos desde 7 de outubro.
Nesta quarta, Biden afirmou que a libertação dos reféns é a “maior prioridade”. Ele também confirmou que Israel autorizou a entrada de ajuda humanitária em Gaza pelo Egito “o mais rápido possível”.
O norte-americano ainda anunciou que pedirá ao Congresso uma ajuda “sem precedentes” a Israel e aconselhou o país a evitar os “erros” cometidos por Washington depois dos atentados de 11 de Setembro de 2001.
“Peço-lhes que, enquanto sentirem essa raiva, não se deixem consumir por ela. Depois do 11 de Setembro, sentimos raiva nos Estados Unidos. E enquanto buscávamos justiça e conseguíssemos justiça, também cometemos erros.”
(Com informações da AFP)
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.