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Sucesso incômodo

“Não faz sentido acabar com um programa que se tornou referência no País”, afirma ex-ouvidor das polícias

Pioneirismo. A iniciativa partiu do próprio comando da Polícia Militar, lembra Mariano – Imagem: Prefeitura de Diadema e Rovena Rosa/ABR
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Durante a campanha eleitoral, o governador paulista Tarcísio de Freitas, do Republicanos, prometeu retirar as câmeras das fardas da Polícia Militar. Diante da firme reação de especialistas em segurança pública, o ex-ministro de Jair Bolsonaro recuou da decisão, mas congelou os investimentos do programa Olho Vivo e abandonou os estudos sobre sua efetividade – nos batalhões onde as câmeras foram adotadas, a letalidade policial despencou 76,2% entre 2019 e 2022. Em um decreto publicado no início de outubro, Freitas cortou 15,2 milhões de reais do orçamento reservado para a compra de novos equipamentos, como revelou em primeira mão o site Alma Preta.

“Espero que o programa não seja interrompido”, afirma, em entrevista a CartaCapital, o sociólogo Benedito Mariano, ex-ouvidor das polícias de São Paulo e hoje secretário de Segurança e Cidadania de Diadema, no ABC paulista. “Com o fim das câmeras corporais, perde a população e ganha quem não deseja a transparência na atividade policial.”

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