Cultura

Quando a casa cai

Incêndios, terremotos, inundações e outras hecatombes estão presentes nas telas desde o cinema mudo

Quando a casa cai
Quando a casa cai
Atlanta em chamas. Calamidade célebre em ...E o Vento Levou
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Incêndios, terremotos, inundações e outras hecatombes estão presentes nas telas desde o cinema mudo. Basta pensar nas grandes destruições bíblicas e nas várias versões de Os Últimos Dias de Pompeia, das quais a mais antiga é de 1926.

A destruição parcial de Nova York em King Kong (1933), o incêndio de Atlanta em …E o Vento Levou (1939) são calamidades célebres da filmografia hollywoodiana. Nos anos 1950, auge da Guerra Fria, em geral eram os aliens (metáfora do comunismo) que faziam estrago no planeta em filmes como O Dia em que a Terra Parou, A Guerra dos Mundos e A Bolha Assassina.

Mas o filme-catástrofe como gênero à parte floresceu mesmo nos anos 1970, em que o cinema procurava reagir contra a concorrência desleal da televisão, lançando mão de novas tecnologias de efeitos visuais e sonoros. Era preciso criar na tela grandes apocalipses, cada vez mais impressionantes e “reais”.

A onda catastrofista começou em 1969, com Krakatoa, o Inferno de Java (Bernard Kowalski), em que uma erupção do vulcão do título pegava de surpresa a equipe de resgate de um naufrágio e destruía meia Ásia. Vieram, em seguida, Aeroporto (George Seaton, 1970), O Destino do Poseidon (Ronald Neame, 1972), Inferno na Torre (John Guillermin, 1974), Terremoto (Mark Robson, 1974), O Dirigível Hindenburg (Robert Wise, 1975) e vários outros.

O que há em comum entre filmes tão díspares é o fato de criar um microcosmo com tipos representativos da sociedade e das condutas humanas, todos colocados diante de uma espécie de Juízo Final, em que os bons se salvam e os maus pagam seus pecados com os piores suplícios.

DVDs

Terremoto (1974)


Um abalo sísmico de proporções inauditas atinge Los Angeles, colocando em polvorosa a população, que inclui o engenheiro Stewart Graff, sua mulher (Ava Gardner) e sua amante (Geneviève Bujold). O filme popularizou o então revolucionário Sensurround e ganhou Oscar de som. No elenco, George Kennedy e Walter Matthau.

O Destino do Poseidon (1972)


O velho transatlântico Poseidon é forçado a um último grande cruzeiro por seu ganancioso dono. Na noite de Ano-Novo, uma onda gigante vira a embarcação. Um pastor (Gene Hackman) conduz  sobreviventes às entranhas do navio. No elenco deste precursor de Titanic , Shelley Winters e Ernest Borgnine.

Inferno na Torre (1974)


Na inauguração de um arranha-céu comercial, eclode um grande incêndio, pois as diretrizes de segurança do arquiteto (Paul Newman) não foram seguidas. O chefe dos bombeiros (Steve McQueen) tenta conter o fogo em meio ao pânico. No elenco, William Holden e Fred Astaire. Oscars de fotografia, montagem e canção.

Incêndios, terremotos, inundações e outras hecatombes estão presentes nas telas desde o cinema mudo. Basta pensar nas grandes destruições bíblicas e nas várias versões de Os Últimos Dias de Pompeia, das quais a mais antiga é de 1926.

A destruição parcial de Nova York em King Kong (1933), o incêndio de Atlanta em …E o Vento Levou (1939) são calamidades célebres da filmografia hollywoodiana. Nos anos 1950, auge da Guerra Fria, em geral eram os aliens (metáfora do comunismo) que faziam estrago no planeta em filmes como O Dia em que a Terra Parou, A Guerra dos Mundos e A Bolha Assassina.

Mas o filme-catástrofe como gênero à parte floresceu mesmo nos anos 1970, em que o cinema procurava reagir contra a concorrência desleal da televisão, lançando mão de novas tecnologias de efeitos visuais e sonoros. Era preciso criar na tela grandes apocalipses, cada vez mais impressionantes e “reais”.

A onda catastrofista começou em 1969, com Krakatoa, o Inferno de Java (Bernard Kowalski), em que uma erupção do vulcão do título pegava de surpresa a equipe de resgate de um naufrágio e destruía meia Ásia. Vieram, em seguida, Aeroporto (George Seaton, 1970), O Destino do Poseidon (Ronald Neame, 1972), Inferno na Torre (John Guillermin, 1974), Terremoto (Mark Robson, 1974), O Dirigível Hindenburg (Robert Wise, 1975) e vários outros.

O que há em comum entre filmes tão díspares é o fato de criar um microcosmo com tipos representativos da sociedade e das condutas humanas, todos colocados diante de uma espécie de Juízo Final, em que os bons se salvam e os maus pagam seus pecados com os piores suplícios.

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Terremoto (1974)


Um abalo sísmico de proporções inauditas atinge Los Angeles, colocando em polvorosa a população, que inclui o engenheiro Stewart Graff, sua mulher (Ava Gardner) e sua amante (Geneviève Bujold). O filme popularizou o então revolucionário Sensurround e ganhou Oscar de som. No elenco, George Kennedy e Walter Matthau.

O Destino do Poseidon (1972)


O velho transatlântico Poseidon é forçado a um último grande cruzeiro por seu ganancioso dono. Na noite de Ano-Novo, uma onda gigante vira a embarcação. Um pastor (Gene Hackman) conduz  sobreviventes às entranhas do navio. No elenco deste precursor de Titanic , Shelley Winters e Ernest Borgnine.

Inferno na Torre (1974)


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