Política

Com apoio do PT, Conselho de Ética arquiva representação contra Eduardo Bolsonaro

O processo tratava de uma discussão com o deputado Marcon (PT-RS) sobre a facada contra Jair Bolsonaro em 2018

Com apoio do PT, Conselho de Ética arquiva representação contra Eduardo Bolsonaro
Com apoio do PT, Conselho de Ética arquiva representação contra Eduardo Bolsonaro
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Com votos de duas deputadas do PT, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquivou, durante sessão nesta terça-feira 12, um processo apresentado pelo próprio partido contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O arquivamento faz parte do acordo para rejeitar a abertura de outras representações protocoladas no colegiado.

O processo tratava de uma discussão com o deputado Marcon (PT-RS) sobre a facada contra o ex-presidente Jair Bolsonaro na campanha de 2018.

Eduardo partiu para cima do colega quando o petista se referiu ao episódio como “fakeada”. O bolsonarista não chegou a agredir o parlamentar, mas ameaçou “enfiar a mão” e disparou expressões como “vai se foder, seu viado”.

A deputada Jack Rocha (ES) fez a orientação em nome do PT a favor do arquivamento. Na sessão, ela defendeu “a permanência da liberdade de se ter voz” no Congresso Nacional.

O único parlamentar a votar contra o arquivamento foi Chico Alencar (PSOL-RJ), que defendeu ao menos uma advertência. O deputado ainda disse que Eduardo teve uma reação desproporcional e revelou total despreparo para a convivência democrática.

O relatório foi lido em 5 de setembro, mas houve um pedido de vista – ou seja, mais tempo para análise. Para o relator, Josenildo Abrantes (PDT-AP), Eduardo “agiu sob forte emoção”. A primeira versão de seu voto era pela continuidade da representação, classificada por ele como “grave”. Mas, diante do acordo entre direita e esquerda, Abrantes alterou o parecer.

O Conselho de Ética também arquivou representações contra as deputadas Erika Kokay (PT-DF) e Talíria Petrone (PSOL-RJ), acusadas pelo PL por chamarem de “assassinos” parlamentares que votaram a favor do projeto do Marco Temporal.

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