CartaExpressa
Michelle diz que pode ser candidata ‘se Deus apontar para algo’
A ex-primeira-dama está na mira de apurações sobre o caso das joias do governo Bolsonaro


A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou que pode se candidatar a algum cargo, a depender de supostos eventos religiosos.
“Quando – e se – Deus acender uma chama no meu coração, apontando para algo nesse sentido, eu O obedecerei e irei para onde Ele mandar”, declarou, em entrevista ao Diário do Poder publicada neste sábado 9.
Michelle havia sido questionada sobre qual seria seu maior interesse na “esfera eletiva”: Legislativo ou Executivo (municipal, estadual ou federal).
A ex-primeira-dama está na mira de investigações sobre um suposto esquema de desvio de presentes oficiais recebidos pelo governo de Jair Bolsonaro. Em 31 de agosto, os dois ficaram em silêncio na Polícia Federal, sob a alegação de que o Supremo Tribunal Federal não seria o foro adequado para investigar o caso das joias.
A defesa do casal também pediu à PF acesso à íntegra dos depoimentos prestados no processo.
Neste sábado 9, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, homologou um acordo de delação premiada entre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e a PF. A expectativa é que o caso das joias faça parte da colaboração.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Caso Mauro Cid: PGR não aceita delação conduzida pela PF, diz Aras
Por CartaCapital
Com delação premiada a caminho, Mauro Cid deixa a prisão em Brasília
Por CartaCapital
PF agiu com seriedade e profissionalismo na delação de Mauro Cid, diz Dino
Por CartaCapital