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Um mês após operação no Guarujá, ouvidoria ainda não recebeu gravações das fardas policiais

Os documentos serviriam para esclarecer os relatos de tortura na atuação dos agentes. O número de mortos pela Operação Escudo chegou a 22

Um mês após operação no Guarujá, ouvidoria ainda não recebeu gravações das fardas policiais
Um mês após operação no Guarujá, ouvidoria ainda não recebeu gravações das fardas policiais
Os agentes acusados de estupro usavam câmera corporal no uniforme – Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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A Ouvidoria das Polícias de São Paulo, responsável por investigar as denúncias de excessos na atuação policial, ainda não recebeu as gravações das fardas dos agentes responsáveis pela Operação Escudo — que deixou ao menos 22 mortos no litoral de São Paulo. 

Um mês depois do ocorrido, a Ouvidoria também aguarda os laudos periciais das mortes, segundo apurou CartaCapital. Os documentos são essenciais para a transparência no que aconteceu no decorrer da operação, checar quais foram os excessos, esclarecer com detalhes as denúncias e checar os possíveis responsáveis por atuação abusiva na região.

Uma das denúncias é de que um dos mortos passou por tortura policial, onde teve as unhas das mãos arrancadas, conforme a família denuncia após verificar o corpo do parente no IML.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado não disse o motivo pelo qual ainda não concedeu o acesso e rebate que as mortes na região foram resultantes de confronto e a operação diz respeito ao “impacto da ação no tráfico de drogas e no crime organizado” no local.  

Segundo o órgão, 634 pessoas foram presas, destas 240 eram foragidas da Justiça pelos mais diversos crimes, desde falta de pagamento de pensão até roubo à mão armada, sequestro e homicídio.

A operação teve início após a morte do soldado da Rota, Patrick Bastos Reis, a autoria dos disparos foi identificada e os responsáveis foram indiciados uma semana após o ocorrido.

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