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Porto Alegre instituir 8 de Janeiro como ‘Dia do Patriota’ é perturbador, diz relatora de CPMI

A ideia partiu do vereador Alexandre Bobadra (PL), correligionário do ex-presidente Jair Bolsonaro

A senadora e relatora da CPMI do 8 de Janeiro, Eliziane Gama. Foto Lula Marques/Agência Brasil
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A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI que investiga a invasão bolsonarista aos prédios dos Três Poderes, repudiou a promulgação de uma lei em Porto Alegre que institui o Dia Municipal do Patriota, a ser celebrado em 8 de Janeiro.

“É perturbador ver promoção de evento q/ feriu a democracia e que entrou para capítulo das histórias mais tristes. Pátria é Nação, é Cidadania. 8/1 foi data de golpismo, de atentado contra instituições”, escreveu a parlamentar nas redes sociais.

A ideia partiu do vereador Alexandre Bobadra (PL), correligionário do ex-presidente Jair Bolsonaro. A proposição não faz qualquer menção ao episódio na capital federal nem justifica a escolha da data. Apresenta, porém, algumas definições sobre o que seria patriotismo, com base em declarações do escritor Olavo de Carvalho.

O projeto foi apresentado em março e, desde então, passou por comissões, recebeu pareceres positivos e foi promulgado pelo vereador Hamilton Sossmeier (PTB), presidente da Casa, em 7 de agosto.

Uma semana depois de ver sua matéria aprovada, Bobadra teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul. A acusação é que o vereador teria cometido crime de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação durante as eleições de 2020.

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