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Mortes cruzadas

Em meio a violência inédita, os eleitores escolhem o presidente e os parlamentares para um mandato tampão

Tensão. Luiza Gonzalez lidera as pesquisas, mas sofre com a rejeição ao correísmo. Não se sabe para quem migrarão os votos de Villavicencio (esq.). Lasso assiste tudo a distância – Imagem: Rodrigo Buendia/AFP, Carlos Silva/Gabinete da Presidência/Equador e Redes sociais
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Em maio, sem apoio popular e ameaçado por um processo de impeachment, o presidente Guillermo Lasso recorreu a um dispositivo constitucional conhecido como “morte cruzada”. Dissolveu o Parlamento, abdicou do direito de disputar a reeleição e convocou eleições gerais antecipadas. À revelia de Lasso, a expressão ganharia contornos realistas. Em uma campanha marcada pelo medo, a violência e a interferência do crime organizado como nunca antes, o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio, em 9 de agosto, 11 dias antes do primeiro turno, sintetiza o clima político e social no país.

O mais grave atentado em décadas demonstra o descontrole da segurança e o poderio da criminalidade. “Nos últimos anos, o crime penetrou nas instituições e nos grupos econômicos e desatou uma escalada de terror com pistolagem, extorsões, tráfico, assaltos e violência, sem que haja resposta governamental. Nossa situação é muito parecida com aquela enfrentada pela Colômbia nos anos 1980, com a diferença de não sermos produtores de drogas”, compara Carol Murillo, socióloga e professora da Universidade Central do Equador.

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