Política

Variação inesperada de frequência no Ceará pode ser a ‘causa raiz’ do apagão, diz diretor do ONS

Mais cedo, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o incidente foi causado por um ‘evento’ no estado

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Carlos Ciocchi, afirmou nesta terça-feira 15 que as evidências disponíveis até o momento indicam uma variação de frequência na rede elétrica do Ceará como possível causa do apagão que atingiu 26 unidades da Federação.

Mais cedo, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o incidente foi provocado por um “evento” no Ceará e outro em local ainda não identificado, mas não forneceu mais detalhes.

“Na região do Ceará, as evidências, as nossas avaliações, dados e telemetria mostram que, naquela região, por volta das 8h30, houve uma variação de frequência descontrolada e não esperada. Isso nos leva a acreditar que ali possa estar contida a causa principal ou a causa raiz de todos os fenômenos que vieram a ocorrer”, declarou Ciocchi à TV Globo.

Essa perturbação pode, segundo ele, ter afetado na sequência outros componentes do Sistema Interligado Nacional, “ampliando essa região elétrica”. As razões pelas quais ocorreu a perturbação, no entanto, ainda não foram identificadas.

Alexandre Silveira disse que solicitará à Polícia Federal e à Agência Brasileira de Inteligência a abertura de uma investigação sobre as causas do apagão. O episódio, de acordo com o ministro, “não tem nada a ver com a segurança energética do Brasil”. Assim, o objetivo da apuração é concluir “se esses eventos foram eminentemente técnicos ou se houve falha humana ou até dolo”.

O apagão começou por volta das 8h30 e a conexão foi restabelecida às 14h49. 25 estados e o Distrito Federal foram atingidos – apenas Roraima não foi afetada, uma vez que o estado não está ligado ao sistema nacional.

“O que aconteceu hoje é extremamente raro, porque nós temos um sistema redundante. Para acontecer um evento dessa magnitude, nós temos que ter tido dois eventos concomitantes, em linhas de transmissão de alta capacidade”, justificou o ministro.

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