Política

Presidente de CPMI diz que Ministério da Justiça não enviou todas as imagens do 8 de Janeiro e volta a acionar o STF

Arthur Maia apontou que a pasta de Dino teria encaminhado vídeos de apenas duas câmeras; ele informa, porém, não saber quantos equipamentos estão instalados no prédio

Presidente de CPMI diz que Ministério da Justiça não enviou todas as imagens do 8 de Janeiro e volta a acionar o STF
Presidente de CPMI diz que Ministério da Justiça não enviou todas as imagens do 8 de Janeiro e volta a acionar o STF
O presidente da CPMI do 8 de Janeiro, Arthur Maia. Foto: Reprodução/TV Senado
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O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito sobre os atos do 8 de janeiro, Arthur Maia (União-BA), informou que encaminhou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, um requerimento para que detalhe a extensão do pedido feito ao Ministério da Justiça para o fornecimento de imagens de câmeras de segurança da pasta no dia dos ataques.

O deputado diz ter sido comunicado pela Secretaria da Mesa da CPMI que o Ministério da Justiça enviou vídeos de apenas duas das câmeras do prédio. Diante da afirmação, o parlamentar procurou Moraes para informar a suspeita de que o Ministério da Justiça não atendeu integralmente o pedido da CPMI. Ao fazer a afirmação, porém, ele informou não saber quantas câmeras existem nas instalações do Ministério. A pasta comandada por Flávio Dino ainda não se posicionou sobre a acusação.

“Já enviamos isso para o Supremo e cobrando, naturalmente, que todas as filmagens, na forma como foram solicitadas, sejam de fato encaminhadas para esta CPMI”, declarou Maia.

O fornecimento das imagens é requerido em maior parte por parlamentares bolsonaristas, que sustentam a tese de que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria se omitido ou mesmo colaborado com os atos.

Em entrevista a CartaCapital, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que não teria problemas de enviar as imagens para a CPMI e sustenta que os registros não apontam responsabilidade da pasta nos atos.

Ao primeiro pedido de imagens, Dino havia alegado que não poderia fornecê-las porque o conteúdo estava sob investigação e que, portanto, só poderia ser liberado pelo STF. O envio das gravações foi autorizado por Moraes na primeira semana de agosto.

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