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Ajudantes de ordens de Bolsonaro deletaram mais de 17 mil e-mails, mas não limparam a lixeira

A pasta de e-mails excluídos do tenente-coronel Mauro Cid contava com 4.212 itens, conforme material enviado à CPMI do 8 de Janeiro

Ajudantes de ordens de Bolsonaro deletaram mais de 17 mil e-mails, mas não limparam a lixeira
Ajudantes de ordens de Bolsonaro deletaram mais de 17 mil e-mails, mas não limparam a lixeira
Foto: Alan Santos/PR
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Os ex-ajudantes de ordens de Jair Bolsonaro excluíram pelo menos 17.354 e-mails funcionais de suas caixas de entrada. As mensagens, porém, não foram deletadas da lixeira, conforme um material enviado à CPMI do 8 de Janeiro e revelado nesta segunda-feira 7 pela TV Globo.

Segundo os documentos, somente o ajudante de ordens Danilo Calhares deletou definitivamente os e-mails.

Na lixeira do tenente-coronel Mauro Cid estava o diálogo com Maria Farani, ex-assessora da Presidência, sobre a tentativa de vender um Rolex por 60 mil dólares. O relógio, de acordo com mensagens dos ajudantes de ordens, foi recebido em uma viagem oficial.

A pasta de e-mails deletados de Cid contava com 4.212 itens. O “campeão” do ranking, porém, é Osmar Crivelatti, com 6.096 mensagens.

Foi também graças às mensagens excluídas que veio à tona mais um caso envolvendo pedras preciosas. A CPMI teve acesso a um e-mail em que o ex-ajudante de ordens Cleiton Henrique Holzschuk pede a colegas que um conjunto recebido pelo então presidente Jair Bolsonaro fosse entregue a Mauro Cid.

Nesta segunda 17, Bolsonaro disse a jornalistas que as pedras, recebidas por ele durante um ato de campanha no ano passado em Teófilo Otoni (MG), custam 400 reais. O ex-capitão, porém, evitou responder se ainda está com os itens.

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