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O novo caso de pedras preciosas que une Bolsonaro a Mauro Cid

O ex-presidente já é alvo de uma investigação da Polícia Federal sobre luxuosos conjuntos da Arábia Saudita

Foto: Alan Santos / PR
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Um novo caso envolvendo pedras preciosas pode entrar no caminho de Jair Bolsonaro. A CPMI do 8 de Janeiro teve acesso a um e-mail em que o ex-ajudante de ordens da Presidência Cleiton Henrique Holzschuk pede a colegas que um conjunto recebido pelo então presidente fosse entregue ao tenente-coronel Mauro Cid.

As pedras foram presentadas a Bolsonaro em 26 de outubro de 2022, durante um comício em Teófilo Otoni (MG). O e-mail foi obtido e divulgado pela TV Globo nesta quarta-feira 2.

A mensagem, enviada por Holzschuk no dia 27 de daquele mês, tinha como destinatários outros dois ajudantes de ordens, Adriano Alves Teperino e Osmar Crivelatti. Segundo o e-mail, Mauro Cid – braço-direito de Bolsonaro – teria determinado que os bens não fossem cadastrados.

“Foi guardado no cofre grande, 01 (um) envelope contendo predas preciosas para o PR [presidente] e 01 (uma) caixa de pedras preciosas para a PD [primeira-dama], recebidas em Teólifo Otoni em 26/10/22. A pedido do TC [tenente-coronel] Cid, as pedras não devem ser cadastradas e devem ser entregues em mão para ele [Cid]. Demais duvidas, Sgt Furriel está ciente do assunto”, diz o texto. O último personagem mencionado é o sargento Marcos Vinícius Pereira Furriel.

Na sessão da terça-feira 1º da CPMI, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) chegou a mencionar a descoberta do e-mail.

“Presidente, eu quero compartilhar com a CPMI algo muito grave que nós achamos em meio a mil e-mails que chegaram a esta CPMI”, afirmou. “Essas pedras nunca foram registradas, nem como presente ao presidente da República e à primeira-dama, nem em lugar nenhum. Nós fomos olhar as 46 páginas dos 1.055 presentes recebidos pelo presidente e pela primeira-dama e não constam essas pedras preciosas.”

Jair Bolsonaro é alvo de uma investigação da Polícia Federal sobre os conjuntos de luxuosas joias da Arábia Saudita que entraram no País ilegalmente com uma comitiva do governo do ex-capitão.

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