Mundo

assine e leia

“Existir é resistir”

Raffoul Goust, músico brasileiro que vive na Palestina, relata o medo e as angústias de morar na região

Tensão permanente. Goust sente na pele o clima de eterno confronto e a desigualdade das armas – Imagem: Jaafar Ashtiyeh/AFP e Arquivo Pessoal
Apoie Siga-nos no

Raffoul Goust, natural de São Bento do Sul, norte de Santa Catarina, deixou o Brasil para viver na Palestina. Filho de imigrantes alemães e portugueses, a única recordação de infância que o liga ao Oriente Médio é um velho quadro na sala da casa de sua tia-avó, casada com um sírio, da mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém. Aos 39 anos, graduado, mestre e doutor em Antropologia pela Universidade Federal do Paraná, Goust cursa pós-doutorado na Universidade de São Paulo. Mora em Ramallah, cidade com pouco mais de 32 mil habitantes e sede do governo da Autoridade Nacional Palestina. Na prática, a cidade funciona como “capital de fato” ou “provisória”, enquanto a população sonha em governar Jerusalém.

Graduado em música, composição e regência, Goust trabalha como professor de violão em conservatórios. E divide seu tempo entre as aulas e os projetos sociais com crianças e adolescentes do campo de refugiados de Kalandia, nas cercanias de Jerusalém, e no vilarejo de Deir Al-Ghusun, fronteira entre Israel e a Cisjordânia. É a sua terceira passagem por terras palestinas desde 2014. Foi assim nas pesquisas de mestrado e doutorado e, agora, no pós-doutorado.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo