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Líder do Wagner diz ter desistido de marchar sobre Moscou: ‘Sangue poderia ser derramado’

Nas últimas 24 horas, os mercenários dizem ter avançado a uma distância de aproximadamente 200 quilômetros da capital russa

O líder dos mercenários do Wagner, Yevgeny Prigozhin. Foto: Handout/Telegram/@concordgroup_official/AFP
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O líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, afirmou neste sábado 24 ter ordenado a seus subordinados a interrupção de uma marcha sobre Moscou e o retorno às suas bases, a fim de evitar um derramamento de sangue.

Nas últimas 24 horas, os mercenários dizem ter avançado a uma distância de aproximadamente 200 quilômetros da capital russa.

“Nesse tempo, não derramamos uma única gota de sangue de nossos combatentes”, afirmou o chefe do grupo em uma mensagem de áudio. “Agora chegou o momento em que sangue poderia ser derramado. Compreendendo a responsabilidade [pela chance] de que o sangue russo seja derramado de um lado. Estamos recuando nossos comboios e voltando aos campos de campanha conforme planejado.”

O Wagner intensificou o movimento rebelde na sexta-feira. Prigozhin anunciou a ocupação do quartel-general do Exército russo em Rostov, um centro nevrálgico das operações na Ucrânia, e garantiu controlar várias instalações militares.

Pouco antes, ele acusou o Exército da Rússia de bombardear suas bases na retaguarda do front com a Ucrânia, provocando “um grande número” de vítimas entre os seus combatentes.

Em reação, o presidente Vladimir Putin prometeu neste sábado punir a “traição” do líder do grupo paramilitar, cuja rebelião contra o comando militar de Moscou representa uma “ameaça mortal” e o risco de uma “guerra civil” para o país em pleno conflito com a Ucrânia.

Vestindo terno e gravata pretos, com semblante sério e tom solene, o presidente russo se dirigiu, sem nomeá-lo explicitamente, a Prigozhin: “é uma punhalada pelas costas para o nosso país e o nosso povo”.

Já o Ministério Público russo anunciou a abertura de uma investigação por “motim armado” conta o grupo paramilitar. Em outro ponto da reação, as forças de segurança russas pediram que os combatentes do grupo detivessem seu líder.

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