O caso que deve tirar Bolsonaro das urnas por oito anos
André Barrocal entrevista Walber de Moura Agra, o advogado autor da ação junto ao Tribunal Superior Eleitoral
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou a julgar quinta-feira, 22 de junho, uma ação que pode tirar o direito de Jair Bolsonaro candidatar-se por oito anos. A ação acusa o ex-presidente de ter cometido abuso de poder político, uso da máquina pública e utilização indevida dos meios de comunicação. Foi movida pelo PDT. O ponto de partida foi uma reunião de Bolsonaro com embaixadores estrangeiros em 18 de julho de 2022, na qual o capitão disse que a eleição seria “roubada” para Lula, graças a urnas eletrônicas passíveis de fraude. O corregedor-geral do TSE e relator da ação, ministro Benedito Gonçalves, viu a reunião como o capítulo de uma história mais longa de sabotagem de Bolsonaro contra a eleição. Foi por isso que incluiu no processo aquela “minuta golpista” achada em janeiro na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Qual será o desfecho do julgamento? Sobre esses assuntos, o repórter André Barrocal entrevista AO VIVO Walber de Moura Agra, o advogado autor da ação do PDT.
Cacá Melo
Produtor audiovisual em CartaCapital
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.