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Direita macrista define seus nomes para a eleição na Argentina
À esquerda, Eduardo De Pedro, filho de um casal desaparecido durante a ditadura, anunciou sua candidatura à Casa Rosada


O cenário das eleições na Argentina começa a se desenhar com mais clareza, uma vez que se encerra neste sábado 24 o prazo para que as coalizões apresentem seus candidatos às primárias, marcadas para 13 de agosto.
O primeiro turno do pleito ocorrerá em 22 de outubro e o segundo, em 19 de novembro, caso seja necessário.
A direita macrista – em referência a apoiadores do ex-presidente neoliberal Mauricio Macri – se organizou em duas candidaturas. O chefe de governo da cidade de Buenos Aires, Horacio Larreta, anunciou nesta sexta-feira 23 que seu companheiro de chapa será Gerardo Morales, governador da província de Jujuy. Larreta foi chefe de gabinete de Macri.
Já a ex-ministra da Segurança Patricia Bullrich terá como vice Luis Petri, derrotado recentemente nas primárias para governador de Mendoza. A candidata disse considerá-lo “a pessoa ideal” para a chapa.
À esquerda, Eduardo De Pedro, filho de um casal desaparecido durante a ditadura argentina (1976-1983), anunciou na quinta-feira 22 sua candidatura à Presidência pelo kirchnerismo.
Advogado de profissão, De Pedro enfrentará nas primárias de 13 de agosto o outro pré-candidato da nova frente peronista União pela Pátria, o ex-embaixador e ex-vice-presidente Daniel Scioli, líder de um setor de centro-direita ligado ao presidente Alberto Fernández.
Scioli também lançou sua pré-candidatura presidencial pela UP na quinta-feira, em um evento em um teatro de Buenos Aires.
Outro elemento na corrida eleitoral é Javier Milei, de extrema-direita, que aparece com uma relevante adesão em parcelas da sociedade.
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