Economia
Plenário do Senado vota indicação de Zanin e arcabouço fiscal nesta quarta, confirma Pacheco
Primeiro, o advogado será submetido a uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça da Casa


O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o plenário da Casa votará nesta quarta-feira 21 a indicação de Cristiano Zanin ao Supremo Tribunal Federal e o projeto de lei a instituir o novo arcabouço fiscal.
“Vamos resolver isso tudo amanhã”, disse o parlamentar mineiro ao deixar o plenário, no início da noite.
Primeiro, Zanin será submetido a uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, composta por 27 membros – entre eles, representantes do bolsonarismo como Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Marcos do Val (Podemos-ES) e Sergio Moro (União-PR).
No plenário, o advogado precisará do endosso de pelo menos 41 dos 81 senadores, em votação secreta, para ocupar a vaga do ministro recém-aposentado Ricardo Lewandowski no STF. A tendência é que Zanin conquiste uma maioria confortável.
Já o arcabouço fiscal tem uma tramitação mais turbulenta. O senador Omar Aziz (PSD-AM), relator da matéria, leu nesta terça seu parecer durante audiência da Comissão de Assuntos Econômicos. Na sequência, o presidente do colegiado, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), suspendeu a sessão. Agora, a tendência é que a retomada da análise ocorra às 9h desta quarta.
Caso o plenário do Senado aprove o projeto com as modificações sugeridas por Aziz, a nova regra fiscal terá de passar por uma nova votação na Câmara dos Deputados.
O relator excluiu dos limites impostos pela regra fiscal o Fundo Constitucional do Distrito Federal, voltado a investimentos em segurança, saúde e educação no DF; a complementação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, o Fundeb; e investimentos em ciência, tecnologia e inovação.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse na noite desta terça que o arcabouço só deve passar pela segunda votação na Casa a partir de 4 de julho.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

A dúvida no STF sobre o pedido de Mauro Cid para não comparecer à CPMI do 8 de Janeiro
Por CartaCapital
Polícia prende hackers suspeitos de vender dados sigilosos de ministros do STF, Ibaneis Rocha e deputados
Por Carta Capital
STF vai iniciar depoimentos em processos sobre atos golpistas de 8 de Janeiro
Por Agência Brasil