Saúde
São Paulo confirma mais duas mortes por febre maculosa
Três vítimas participaram de uma festa em uma área rural de Campinas; a doença é causada por uma bactéria transmitida pela picada do carrapato


O Instituto Adolfo Lutz confirmou, nesta terça-feira 13, mais duas mortes por febre maculosa no estado de São Paulo.
O laboratório atestou que a morte do piloto Douglas Costa decorreu da doença – a namorada dele, Mariana Giordano, também morreu por febre maculosa, como já havia sido confirmado pelo instituto.
O casal participou de uma festa em uma área rural de Campinas e começou a apresentar sintomas em 3 de junho. Eles morreram cinco dias depois.
A Secretaria de Saúde de São Paulo ainda confirmou que uma terceira vítima, de 28 anos, que também morreu no dia 8, esteve presente no evento.
O que é a febre maculosa?
A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável, que pode se manifestar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. Ela é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato.
Segundo informações do Ministério da Saúde, os principais vetores são os carrapatos do gênero Amblyomma, tais como A. sculptum, conhecido como carrapato estrela, A. aureolatum e A. ovale. Entretanto, potencialmente, qualquer espécie de carrapato pode albergar a bactéria causadora da febre maculosa.
A doença tem entre seus sintomas: febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas, e paralisia dos membros que pode levar a parada respiratória.
Além disso, com a evolução da febre maculosa é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e nos tornozelos.
O tratamento da doença é considerado imprescindível para evitar formas mais graves. Ao surgirem os primeiros sintomas, o paciente deve procurar uma unidade de saúde para avaliação médica. O tratamento é feito com antibiótico específico.
O que diz o Ministério da Saúde
A pasta informou, em nota, manter contato com o Centro de Vigilância Epidemiológica do estado de São Paulo e com o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde para acompanhar as investigações do caso.
Afirmou ainda que realiza a distribuição de antimicrobiano para o tratamento da febre maculosa aos estados e vem promovendo ações de capacitação direcionadas às vigilâncias estaduais e municipais, além de realizar a divulgação de diretrizes técnicas com orientações de manejo clínico e ambiental.
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