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Síria mantém 27 centros de tortura, diz Human Rights

O relatório foi divulgado após o Conselho de Segurança da ONU, a Turquia e a Liga Árabe firmarem um acordo para uma transição política no país

Síria mantém 27 centros de tortura, diz Human Rights
Síria mantém 27 centros de tortura, diz Human Rights
Foto da cidade de Homs no dia 1º de julho. Foto: ©AFP
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A organização de direitos humanos, Human Rights Watch, denunciou nesta terça-feira 3 a existência de 27 centros de tortura na Síria. Segundo relatório da organização, ex-presos e desertores identificaram a localização, os métodos de tortura e até os dirigentes dos centros de detenção que são comandados pelo serviço secreto da Síria.

Segundo a Human Rights, a maioria das vítimas é formada por homens entre os 18 e os 35 anos, mas há também entre as vítimas crianças, mulheres e idosos. De acordo com o relatório, a maior parte das torturas ocorreu nas instalações dos departamentos de Informações Militares, de direção da Segurança Política e nas direções-gerais de Informações e da Força Aérea da Síria, conhecidas como mukhabarat, segundo a organização.

“Todas as testemunhas entrevistadas descreveram que só as condições dos centros de detenção podem já ser consideradas formas de maus-tratos, por causa da superlotação, má alimentação e recusa sistemática de assistência médica”, diz o relatório.

A organização pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que envie ao Tribunal Penal Internacional (TPI) uma denúncia contra a Síria e que adote sanções contra os responsáveis pelos abusos. Eles pediram ainda que o presidente Sírio, Bashar Al Assad, seja responsabilizado por crimes contra a humanidade.

Desde o março do ano passado, mais de 16,5 mil pessoas foram mortas na Síria em decorrência dos conflitos entre as forças de segurança do presidente Assad e rebeldes contrários ao seu governo.

Troca de lado.  No último sábado 30, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, a Turquia e os países da Liga Árabe chegaram a um acordo, em Genebra, sobre os princípios para uma transição propostos por Annan.

Segundo  afirmou nesta terça-feira Ahmad Fawzi, porta-voz do emissário internacional Kofi Annan, a reunião internacional permitiu uma “mudança” nas posições de Rússia e China. “Não se deve subestimar a mudança que aconteceu sábado, especialmente no que diz respeito à posição de Rússia e China”, disse Fawzi à imprensa.

O porta-voz do Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU, Rupert Colville, insistiu que a solução consiste em aplicar o plano de Annan. “Para isto, a violência deve cessar e o fluxo de armas detido”, declarou Colville. “As duas coisas estão inextricavelmente ligadas”, completou.

Entre os princípios do acordo figura a formação de um governo de transição que inclua membros do atual governo e da oposição. Apesar do resultado da reunião ter sido considerado positivo pela equipe de Kofi Annan, a maioria dos grupos de oposição sírios criticou o acordo, e o apelidou de “farsa”, já que prevê um governo de transição que poderá incluir membros do regime atual.

Com informações da Agência Brasil e da AFP (leia mais em AFP Móvel)

A organização de direitos humanos, Human Rights Watch, denunciou nesta terça-feira 3 a existência de 27 centros de tortura na Síria. Segundo relatório da organização, ex-presos e desertores identificaram a localização, os métodos de tortura e até os dirigentes dos centros de detenção que são comandados pelo serviço secreto da Síria.

Segundo a Human Rights, a maioria das vítimas é formada por homens entre os 18 e os 35 anos, mas há também entre as vítimas crianças, mulheres e idosos. De acordo com o relatório, a maior parte das torturas ocorreu nas instalações dos departamentos de Informações Militares, de direção da Segurança Política e nas direções-gerais de Informações e da Força Aérea da Síria, conhecidas como mukhabarat, segundo a organização.

“Todas as testemunhas entrevistadas descreveram que só as condições dos centros de detenção podem já ser consideradas formas de maus-tratos, por causa da superlotação, má alimentação e recusa sistemática de assistência médica”, diz o relatório.

A organização pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que envie ao Tribunal Penal Internacional (TPI) uma denúncia contra a Síria e que adote sanções contra os responsáveis pelos abusos. Eles pediram ainda que o presidente Sírio, Bashar Al Assad, seja responsabilizado por crimes contra a humanidade.

Desde o março do ano passado, mais de 16,5 mil pessoas foram mortas na Síria em decorrência dos conflitos entre as forças de segurança do presidente Assad e rebeldes contrários ao seu governo.

Troca de lado.  No último sábado 30, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, a Turquia e os países da Liga Árabe chegaram a um acordo, em Genebra, sobre os princípios para uma transição propostos por Annan.

Segundo  afirmou nesta terça-feira Ahmad Fawzi, porta-voz do emissário internacional Kofi Annan, a reunião internacional permitiu uma “mudança” nas posições de Rússia e China. “Não se deve subestimar a mudança que aconteceu sábado, especialmente no que diz respeito à posição de Rússia e China”, disse Fawzi à imprensa.

O porta-voz do Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU, Rupert Colville, insistiu que a solução consiste em aplicar o plano de Annan. “Para isto, a violência deve cessar e o fluxo de armas detido”, declarou Colville. “As duas coisas estão inextricavelmente ligadas”, completou.

Entre os princípios do acordo figura a formação de um governo de transição que inclua membros do atual governo e da oposição. Apesar do resultado da reunião ter sido considerado positivo pela equipe de Kofi Annan, a maioria dos grupos de oposição sírios criticou o acordo, e o apelidou de “farsa”, já que prevê um governo de transição que poderá incluir membros do regime atual.

Com informações da Agência Brasil e da AFP (leia mais em AFP Móvel)

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