Política

Os ministérios de Lula que podem ser impactados em caso de não votação da reforma ministerial

A medida provisória que criou 37 ministérios na gestão petista precisa ser votada até o dia 1º de junho

Os ministérios de Lula que podem ser impactados em caso de não votação da reforma ministerial
Os ministérios de Lula que podem ser impactados em caso de não votação da reforma ministerial
O presidente Lula. Foto: Evaristo Sá/AFP
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Pelo menos 17 ministérios do governo Lula (PT) podem ser impactados se a medida provisória que criou as 37 pastas ministeriais da gestão petista não for votada até a quinta-feira 1.

Editada no primeiro dia de governo, a MP 1154/23 definiu um total de 37 ministros, sendo 31 ministérios e seis órgãos com status de ministério.

Caso a medida não seja votada, ela perde a validade e a estrutura do governo federal voltará a ser do tamanho do que era no governo de Jair Bolsonaro, com 23 ministros.

Na quarta-feira 24, a Comissão Mista criada para avaliar a medida provisória de reestruturação ministerial aprovou o relatório do deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), o que configura uma derrota ao governo.

O parlamentar promoveu uma série de mudanças nas pastas, alterando órgãos e funções. O Ministério do Meio Ambiente, de Marina Silva, foi um dos mais afetados. O Cadastro Ambiental Rural, por exemplo, foi transferido para o Ministério da Gestão, enquanto a Agência Nacional das Águas passou a ficar sob o guarda-chuva do Ministério do Desenvolvimento Regional.

Outra proposta polêmica do relator é transferir a competência para demarcação de terras indígenas do Ministério dos Povos Indígenas para o Ministério da Justiça. O texto, no entanto, ainda tem de ser analisado pelos plenários da Câmara e do Senado.

Veja quais ministros poderiam perder suas pastas caso a MP não seja votada a tempo:

– Ana Moser, ministra do Esporte
– André de Paula, ministro da Pesca e Aquicultura
– Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial
– Carlos Lupi, ministro da Previdência Social
– Cida Gonçalves, ministra da Mulher
– Esther Dweck, ministra de Gestão
– Geraldo Alckmin, ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
– Jader Filho, ministro das Cidades
– Luiz Marinho, ministro do Trabalho
– Márcio França, ministro dos Portos e Aeroportos
– Margareth Menezes, ministra da Cultura
– Renan Filho, ministro dos Transportes
– Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário
– Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social
– Simone Tebet, ministra do Planejamento
– Sônia Guajajara, ministra dos Povos Originários
– Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social

Dos ministros, dois deles poderiam voltar para assumir o ministérios de Infraestrutura e o da Cidadania, que existiam durante o governo Bolsonaro, mas foram desmembrados no governo Lula pela MP. Outro ministério criado por Lula foi o de Relações Internacionais chefiado pelo ministro Alexandre Padilha. No caso de não votação, a pasta não seria extinta, apenas rebatizada com o nome antigo de Secretaria de Governo, como foi no governo do ex-presidente Bolsonaro.

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