Política

Esposa de Mauro Cid admite uso de certificado falso de vacinação

Na quinta-feira 18, o tenente-coronel ficou em silêncio durante depoimento aos investigadores

Esposa de Mauro Cid admite uso de certificado falso de vacinação
Esposa de Mauro Cid admite uso de certificado falso de vacinação
Foto: Alan Santos/PR
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A esposa de Mauro Cid, Gabriela Cid, admitiu em depoimento à Polícia Federal ter usado um certificado de vacinação falso emitido em seu nome. Ela atribuiu a inserção de dados fraudulentos no sistema do Ministério da Saúde a seu marido, à época ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). A informação foi divulgada pela GloboNews.

Gabriela foi ouvida na tarde desta sexta-feira 19 em Brasília, no inquérito que apura o esquema de inclusão de informações falsas sobre a imunização contra a Covid-19, que teria beneficiado sua família e a do ex-presidente. 

Na quinta-feira 18, Mauro Cid ficou em silêncio durante seu depoimento. Horas depois, após visitar o Senado, Bolsonaro tentou se distanciar do aliado. “Não tenho conversado com ele. Está em segredo de justiça isso aí. Vi agora que ele ficou em silêncio. Isso é ele com o advogado dele”, afirmou o ex-capitão a jornalistas. “Excelente oficial do Exército brasileiro. Ele fez o melhor de si. Peço a Deus que não tenha errado. E que cada um siga a sua vida.”

Também nesta sexta, a defesa do tenente-coronel pediu ao Supremo Tribunal Federal a revogação de sua prisão preventiva, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes no âmbito da investigação sobre fraudes com vacinas.

O argumento é de que medidas cautelares podem ser impostas em detrimento da prisão, a exemplo de recolhimento domiciliar noturno, probição de contato com outros investigados e entrega do passaporte.

A defesa alega, ainda, não haver risco de descumprimento de eventuais medidas, “a não ser que consideremos que o Exército brasileiro poderia ser conivente com o descumprimento de uma ordem do STF, o que, por óbvio, ocasionaria uma completa ruptura institucional, algo completamente inconcebível do Estado democrático de Direito da República do Brasil”.

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