Economia
Petrobras confirma discussão sobre mudança na política de preços para gasolina e diesel
A diretoria da empresa deve analisar as alterações no início da semana


A Petrobras divulgou um comunicado neste domingo 14 no qual confirma a discussão interna sobre alterações em suas políticas de preços para o diesel e a gasolina. As mudanças serão analisadas pela Diretoria-Executiva no início da semana e poderão “resultar em uma nova estratégia comercial”.
Segundo o texto, “eventuais mudanças estarão pautadas em estudos técnicos, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis”.
Na última sexta-feira 12, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já havia antecipado que a empresa decidiria na semana que vem sobre os preços de combustíveis.
Questionado sobre o modelo a ser escolhido para mudanças na política, ele declarou que será o de “estabilidade versus volatilidade”.
“Não precisamos voltar ao tempo em que não houve nenhum reajuste no ano. Em 2006 e 2007 aconteceu isso. E também não precisamos viver dentro da maratona de 118 reajustes para um combustível, como foi em 2017, o que levou a uma crise enorme”, avaliou, em coletiva de imprensa.
Segundo Prates, há a possibilidade de a Petrobras anunciar reajustes na semana que vem. “Há uma chance de que, ao tratar desse assunto na semana que vem, a gente faça uma avaliação em alguns combustíveis.”
Atualmente, os preços de paridade de importação – modelo duramente criticado por Lula (PT) durante a campanha eleitoral – seguem a cotação internacional do petróleo e a variação do dólar.
De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis, o preço da gasolina vendida pela Petrobras às distribuidoras está 14% acima das cotações do mercado internacional, conforme atualização da última sexta.
A Petrobras registrou um lucro líquido de 38,156 bilhões de reais no primeiro trimestre de 2023, uma queda de 14,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pela empresa na última quinta 11.
A petroleira também anunciou que seu Conselho de Administração aprovou a distribuição de 24,7 bilhões de reais em dividendos. O montante será pago em duas parcelas de 1,893577 real por ação ordinária, em agosto e setembro.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.