Economia

Eletrobras diz que ação do governo sobre privatização fere princípios legais e econômicos

A AGU questionou no Supremo Tribunal Federal o peso do voto da União no processo de desestatização

Eletrobras diz que ação do governo sobre privatização fere princípios legais e econômicos
Eletrobras diz que ação do governo sobre privatização fere princípios legais e econômicos
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

A Eletrobras divulgou nesta segunda-feira 8 um comunicado a sustentar que a ação protocolada pela Advocacia-Geral da União contra pontos da privatização da empresa não deve ser recebida pela Justiça.

Na semana passada, a AGU questionou no Supremo Tribunal Federal o peso do voto da União no processo de privatização. A argumentação é de que o voto não é proporcional à participação do Estado na Eletrobras. O órgão não pede a reestatização, mas uma suspensão da restrição de votos.

Nesta segunda, a Eletrobras afirmou que a ação do governo pode levar a União a recuperar “a preponderância nas deliberações da assembleia-geral”.

“O que contraria as premissas legais e econômicas que embasaram as decisões de investimento do mercado – inclusive os milhares de trabalhadores titulares de contas do FGTS -, a partir de modelagem desenvolvida pela própria União”, alega a companhia.

A Eletrobras divulgou ainda que “avaliará as medidas que eventualmente devam ser adotadas pela Companhia visando a manutenção de ambiente confiável para a realização de investimentos pela Eletrobras no País e a segurança jurídica de todos os seus acionistas e do mercado em geral”.

A privatização da Eletrobras foi concluída em junho de 2022. A criação da estatal foi proposta em 1954 pelo então presidente Getúlio Vargas. O projeto foi aprovado sete anos depois.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo