As big techs retardam a aprovação do PL das Fake News e a PF bate à porta de Bolsonaro
Programa ‘Fechamento’ debate as principais notícias da semana com a participação de João Brant, secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), e Renata Mielli, coordenadora do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br)
Neste episódio, André Barrocal, Mariana Serafini e Rodrigo Martins entrevistam João Brant, secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), e Renata Mielli, coordenadora do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), sobre a ofensiva das big techs contra o PL das Fake News, que resultou no adiamento da votação do projeto, prevista para ocorrer na última terça-feira 2. Agora, o governo tem um prazo maior para negociar as mudanças com os parlamentares, entre eles a criação de um órgão independente para fiscalizar as plataformas. Há forte pressão para que esse ponto fique fora do texto, mas como assegurar o cumprimento das regras estabelecidas?
A regulação das redes é tema da reportagem de capa de CartaCapital nesta semana. Durante o programa, também serão apresentados outros destaques da edição impressa, como a recente batida da Polícia Federal em endereços de Jair Bolsonaro para apurar indícios de fraude no cartão de vacinação do ex-presidente. Paralelamente, aumenta a pressão para o ex-ministro Anderson Torres, preso há mais de 100 dias por facilitar os atos golpistas de 8 de janeiro, delatar o antigo chefe, revela Barrocal. Já a repórter Mariana Serafini faz um balanço dos 10 anos da PEC das Domésticas, que equiparou os direitos dessas trabalhadoras com as demais categorias profissionais. A informalidade do setor aumentou, porém, nos últimos anos, e as diaristas seguem sem proteção trabalhista adequada.
Veja também: Braço-direito de Bolsonaro discutiu golpe de Estado. O tenente-coronel Mauro Barbosa Cid discutiu com o ex-major do Exército, Ailton Barros, em dezembro de 2022, a possibilidade de dar um golpe de Estado e, logo em seguida, prender o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mostram mensagens obtidas pela CNN Brasil.
De acordo com as mensagens, Barros descreve o método a ser utilizado para colocar o plano em ação. O primeiro passo, diz, seria “continuar pressionando” o General Freire Gomes, então comandante do Exército, para “fazer um pronunciamento se posicionando em defesa do povo brasileiro”, mas dentro das “quatro linhas” da Constituição. “E, se ele não aderir, quem tem que fazer esse pronunciamento é o Bolsonaro, para levantar a moral da tropa. Que você viu, né? Eu não preciso falar. Está abalada em todo o Brasil”, acrescenta.
No diálogo, o ex-major ainda diz que seria necessário ter, até o dia 16 de dezembro, “todos os decretos da ordem de operações” prontos. Um deles, sugere, teria como objetivo determinar a prisão do ministro Alexandre de Moraes.
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