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STF forma maioria para manter prisão de Roberto Jefferson

Segundo o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, a manutenção da prisão preventiva é necessária para garantia da ordem pública

STF forma maioria para manter prisão de Roberto Jefferson
STF forma maioria para manter prisão de Roberto Jefferson
Foto de arquivo mostra Jefferson durante depoimento no Conselho de Ética da Câmara
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O Supremo Tribunal Federal formou maioria nesta terça-feira 2, para manter a prisão do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB). 

O julgamento diz respeito ao agravo regimental apresentado pela defesa — recurso que tem o objetivo de fazer um tribunal rever sua própria decisão.

O caso foi julgado no plenário virtual da Corte. Ao todo, cinco ministros seguiram o voto do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, pela manutenção da prisão preventiva de Jefferson. São eles: Edson Fachin, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Rosa Weber e Roberto Barroso.

Faltam os votos dos ministros Luiz Fux, Nunes Marques e André Mendonça, que devem ser computados até 23h59 desta terça-feira 2. A ministra Cármen Lúcia declarou suspeição e não votou.

Em seu voto, Moraes afirmou que a manutenção da prisão preventiva é necessária para garantia da ordem pública.

“Novamente causam perplexidade os fundamentos do pedido da defesa que, após o réu ter recebido a Polícia Federal com dezenas de tiros de fuzil e arremesso de granadas, e sem demonstrar estar na situação debilitada apontada, reitera argumentos já veiculados. Diante do exposto, nego provimento ao agravo regimental. É o voto”, escreveu o ministro em seu voto.

A defesa ainda pediu que Jefferson deixe a penitenciária, com medidas cautelares ou com eventual conversão da prisão preventiva em domiciliar alegando perigo à saúde dele.

Segundo os advogados, o ex-deputado é “paciente imunossuprimido grave” e “não apresenta condições de saúde a ser acompanhado ou tratado” pelo sistema de saúde da administração penitenciária.

Sobre isso, Moraes afirmou que a prisão tem “plenas condições” de fornecer o tratamento necessário e, em casos de exames, o político tem a possibilidade de recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS). 

O ex-deputado está preso desde outubro do ano passado, por determinação de Moraes, em um processo em que é acusado de proferir discursos de ódio e atacar instituições democráticas.

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