Mundo

Dilma defende austeridade e crescimento para superar crise europeia

‘Só saímos de uma situação de crise quando combinamos o controle dos gastos públicos com o crescimento’

Dilma defende austeridade e crescimento para superar crise europeia
Dilma defende austeridade e crescimento para superar crise europeia
A presidenta Dilma Rousseff discursa durante primeira sessão plenária da 22ª Cúpula Ibero-Americana. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Apoie Siga-nos no

Yara Aquino


Repórter da Agência Brasil

Brasília – Em visita à Espanha, país que passa por intensa crise econômica, a presidenta Dilma Rousseff defendeu nesta segunda-feira 19 a combinação de austeridade e crescimento como caminho para superar os desafios impostos pela crise. Segundo Dilma, o Brasil se coloca em uma atitude de cooperação com a Europa.

“Tenho convicção de que é fundamental esse caminho de crescimento para a Europa, para evitar a face mais negra da crise que é o desemprego, o aumento da desigualdade e, francamente, acredito que esforços estão sendo feitos nesse sentido. Espero que os países do mundo ibérico tenham a oportunidade de uma flexibilização maior na forma de encaminhar a crise. Isso significa crescer e, ao mesmo tempo, construir as condições de ajuste no médio e longo prazos”, disse em entrevista à imprensa, após reunião com o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, em Madri.

“Acredito que a Europa tem todas as condições de sair da crise e espero que não se adotem políticas pouco pragmáticas. O pragmatismo é uma forma muito eficaz quando se trata de encarar uma crise dessa dimensão”, acrescentou Dilma.

A presidenta disse não ter a pretensão de apontar uma receita de solução à Espanha, mas fez observações baseadas na experiência de ajuste fiscal vivida pelo Brasil no passado, sob imposição do Fundo Monetário Internacional (FMI). “Só saímos de uma situação de crise e modificamos a situação do Brasil quando combinamos o controle dos gastos públicos com o crescimento, o controle da inflação com a distribuição de renda, quando apostamos no nosso mercado interno e desenvolvemos também uma política de exportação”. Dilma defendeu ainda o fortalecimento e a proteção do euro contra especulações.

Na entrevista coletiva, o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, também falou sobre a crise econômica observando que não há “varas mágicas” para superar a situação, mas sim a necessidade de um conjunto de reformas estruturais que estão sendo implementadas pelo governo. “É preciso controlar o déficit público, fazer reformas estruturais na economia europeia e resolver os problemas de financiamento”.

Rajoy manifestou otimismo com o crescimento da Espanha para os próximos anos. Ele avalia que em 2013 o crescimento econômico será melhor do que neste ano e, em 2014, ainda mais positivo.

Antes de retornar ao Brasil, no fim da tarde de hoje, a presidenta participa de um almoço oferecido pelo rei Juan Carlos e pela rainha Sofia, no Palácio Real, e abre o seminário Brasil no Caminho do Crescimento.

 

*Matéria originalmente publicada na Agência Brasil

Yara Aquino


Repórter da Agência Brasil

Brasília – Em visita à Espanha, país que passa por intensa crise econômica, a presidenta Dilma Rousseff defendeu nesta segunda-feira 19 a combinação de austeridade e crescimento como caminho para superar os desafios impostos pela crise. Segundo Dilma, o Brasil se coloca em uma atitude de cooperação com a Europa.

“Tenho convicção de que é fundamental esse caminho de crescimento para a Europa, para evitar a face mais negra da crise que é o desemprego, o aumento da desigualdade e, francamente, acredito que esforços estão sendo feitos nesse sentido. Espero que os países do mundo ibérico tenham a oportunidade de uma flexibilização maior na forma de encaminhar a crise. Isso significa crescer e, ao mesmo tempo, construir as condições de ajuste no médio e longo prazos”, disse em entrevista à imprensa, após reunião com o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, em Madri.

“Acredito que a Europa tem todas as condições de sair da crise e espero que não se adotem políticas pouco pragmáticas. O pragmatismo é uma forma muito eficaz quando se trata de encarar uma crise dessa dimensão”, acrescentou Dilma.

A presidenta disse não ter a pretensão de apontar uma receita de solução à Espanha, mas fez observações baseadas na experiência de ajuste fiscal vivida pelo Brasil no passado, sob imposição do Fundo Monetário Internacional (FMI). “Só saímos de uma situação de crise e modificamos a situação do Brasil quando combinamos o controle dos gastos públicos com o crescimento, o controle da inflação com a distribuição de renda, quando apostamos no nosso mercado interno e desenvolvemos também uma política de exportação”. Dilma defendeu ainda o fortalecimento e a proteção do euro contra especulações.

Na entrevista coletiva, o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, também falou sobre a crise econômica observando que não há “varas mágicas” para superar a situação, mas sim a necessidade de um conjunto de reformas estruturais que estão sendo implementadas pelo governo. “É preciso controlar o déficit público, fazer reformas estruturais na economia europeia e resolver os problemas de financiamento”.

Rajoy manifestou otimismo com o crescimento da Espanha para os próximos anos. Ele avalia que em 2013 o crescimento econômico será melhor do que neste ano e, em 2014, ainda mais positivo.

Antes de retornar ao Brasil, no fim da tarde de hoje, a presidenta participa de um almoço oferecido pelo rei Juan Carlos e pela rainha Sofia, no Palácio Real, e abre o seminário Brasil no Caminho do Crescimento.

 

*Matéria originalmente publicada na Agência Brasil

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo