Mundo
Brasil condena violação da integridade territorial da Ucrânia e busca ‘solução política’, diz Lula
O petista se reuniu no Palácio do Itamaraty com o presidente da Romênia, Klaus Werner Iohannis


O presidente Lula (PT) afirmou nesta terça-feira 18 condenar a violação da integridade territorial da Ucrânia pela Rússia e pediu uma “solução política negociada” para a guerra.
As declarações foram concedidas após um almoço no Palácio do Itamaraty com o presidente da Romênia, Klaus Werner Iohannis.
Segundo Lula, é necessário “criar urgentemente um grupo de países que tentem se sentar à mesa com a Ucrânia e a Rússia para encontrar a paz”.
“Ao mesmo tempo em que meu governo condena a violação da integridade territorial da Ucrânia, defendemos uma solução política negociada para o conflito”, disse o petista. “Reiterei minha preocupação com as consequências globais do conflito em matéria de segurança alimentar e energética, especialmente sobre as regiões mais pobres do planeta.”
No último final de semana, duas declarações de Lula sobre a guerra geraram repercussão internacional:
– Na sexta-feira 14, em Pequim, ele afirmou que os Estados Unidos e a União Europeia “precisam parar de incentivar a guerra e começar a falar em paz”. Só assim, emendou Lula, seria possível “convencer Putin e Zelensky de que a guerra, por enquanto, só está interessando aos dois”;
– No domingo 16, em Abu Dhabi, Lula disse: “Eu penso que a construção da guerra foi mais fácil do que será a saída da guerra, porque a decisão da guerra foi tomada por dois países”.
Na segunda 17, a Casa Branca criticou duramente o Brasil após as afirmações de Lula. “Neste caso, o Brasil está papagueando a propaganda russa e chinesa sem observar os fatos em absoluto”, disse a jornalistas o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

G7 alerta sobre ‘custos severos’ para quem ajudar a Rússia na guerra contra a Ucrânia
Por AFP
Rússia diz que proposta de paz feita por Lula ‘atende seus interesses’ e ‘merece atenção’
Por CartaCapital
Brasil rebate EUA após ser acusado de repetir propaganda russa sobre Ucrânia
Por CartaCapital