CartaExpressa

Gleisi critica Campos Neto por dizer que crédito direcionado ajuda a explicar juros altos

‘Facilitar acesso à casa própria é um problema pra ele, que só pensa no lucro dos rentistas’, disse a presidente do PT

Gleisi critica Campos Neto por dizer que crédito direcionado ajuda a explicar juros altos
Gleisi critica Campos Neto por dizer que crédito direcionado ajuda a explicar juros altos
Projeto foi apresentando nesta semana na Câmara. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, rebateu a afirmação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de que o crédito direcionado seria uma das causas dos altos juros no País. 

“Era só o que faltava agora Campos Neto reclamar de empréstimos com taxas menores por conta de subsídios para não baixar os juros”, escreveu a petista nas redes sociais nesta terça-feira 18.

O presidente do BC comparou a concessão de crédito a taxas menores (geralmente subsididas) à cobrança de meia-entrada no cinema, a fim de tentar provar seu argumento.

“Se eu vendo muita meia-entrada e quero ter o mesmo lucro, a entrada inteira eu tenho que subir o preço. O crédito funciona um pouco assim”, afirmou Campos Neto, citado pelo G1.

Na visão de Gleisi, essa lógica beneficia apenas a parcela da população que “já está ganhando”.

“Facilitar acesso à casa própria é um problema pra ele, que só pensa no lucro dos rentistas. Ninguém tem que ter mais e mais lucros, não, essa lógica precisa acabar”, afirmou. “E o subsídio é pra isso, ajudar os que mais precisam sem compensar nada.”

A crítica da presidenta do PT mantém a ofensiva contra a taxa Selic, fixada em 13,75% ao ano pelo Banco Central.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo