CartaExpressa

Desembargador que restabeleceu ordem para prender Tacla Duran é pai do sócio de Moro

O novo juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, Eduardo Appio, havia suspendido a ordem de prisão

Desembargador que restabeleceu ordem para prender Tacla Duran é pai do sócio de Moro
Desembargador que restabeleceu ordem para prender Tacla Duran é pai do sócio de Moro
“Lei do retorno”. Tacla Duran reafirma as acusações e acrescenta novos detalhes. História que o ex-juiz e o ex-procurador tentam encobrir – Imagem: Redes sociais e Lula Marques/PT na Câmara
Apoie Siga-nos no

O desembargador Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, tomou uma decisão a provocar uma reviravolta no caso de Rodrigo Tacla Duran. Na prática, o despacho restabelece uma ordem de prisão contra o advogado, expedida pelo então juiz Sergio Moro, hoje senador pelo União Brasil do Paraná.

O novo juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, Eduardo Appio, havia suspendido a ordem de prisão decretada em 2016 por Moro. A medida, porém, foi contestada pelo Ministério Público Federal.

Malucelli é pai do advogado João Eduardo Barreto Malucelli, de 28 anos, que aparece no Cadastro Nacional de Advogados como sócio do escritório Wolff & Moro Sociedade de Advogados, com sede em Curitiba e formado pelo ex-juiz e pela advogada Rosângela Moro, atualmente deputada federal pelo União Brasil.

No final de março, Tacla Duran afirmou em depoimento a Appio ter sido alvo de um “bullying processual” no âmbito da Lava Jato. Ele também declarou ter sido vítima de uma suposta tentativa de extorsão e citou Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol, hoje deputado federal pelo Podemos.

CartaCapital procurou a assessoria de Sergio Moro, mas ainda não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo