Cultura
A literatura das pequenas coisas
Deborah Levy, crescida sob o Apartheid, parte de acontecimentos banais para tratar de temas duros como colonialismo e racismo
Acontecimentos banais, como andar de bicicleta, ganham ares de excentricidade nas mãos de Deborah Levy. As compras derrubadas no chão, a obra inacabada no seu prédio e a obsessão da madrinha por parasitas hermafroditas servem de matéria-prima para a construção da chamada autobiografia viva, projeto literário da autora sul-africana que tem sua trilogia publicada em conjunto no Brasil.
Lidos na ordem, Coisas Que Não Quero Saber, O Custo de Vida e Bens Imobiliários formam um conjunto coeso, cujo ápice é o terceiro volume. Deborah, branca e judia, cresceu sob o Apartheid. Seu pai foi preso por fazer oposição ao regime e, ao ganhar a liberdade, exilou-se com a família na Inglaterra.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.