Política

Ministra do Turismo aciona o TSE para se desfiliar do União Brasil

O processo encabeçado por Daniela Carneiro foi protocolado em 6 de abril e está sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski

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Ministra do Turismo aciona o TSE para se desfiliar do União Brasil
A ministra do Turismo, Daniela Carneiro. Foto: José Cruz/Agência Brasil
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A ministra do Turismo, Daniela Carneiro, pediu ao Tribunal Superior Eleitoral uma autorização para se desfiliar do União Brasil. O partido ainda controla, direta ou indiretamente, as Comunicações e o Desenvolvimento Regional.

O processo encabeçado por Carneiro foi protocolado no TSE em 6 de abril e está sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski. Também pedem desfiliação do UB por justa causa os deputados Chiquinho Brazão, Dani Cunha, Juninho do Pneu, Ricardo David e Marcos Soares, todos do Rio de Janeiro.

Os parlamentares sustentam que o presidente do partido, Luciano Bivar, chegou a bloquear senhas do diretório estadual, o que inviabilizaria a participação em convenções municipais. Segundo a ação, “tal conduta não passa de sorrateira manobra política, para centralizar o poder partidário em si e seus asseclas”.

A alegação é de que a cúpula da sigla também recorre a “expedientes autoritários” em outros estados. A peça ainda mira o vice-presidente Antonio Rueda.

“A grave discriminação política-pessoal decorre da tentativa de afastar os deputados do convívio partidário, mediante promessa de expulsão em decorrência de seu posicionamento, especialmente considerando os insultos e ameaças perpetradas pelo Vice-Presidente contra os requerentes, por apenas defenderem uma condução pautada na democracia intrapartidária”, diz o texto.

Outra tentativa é fazer com que as desfiliações sejam acompanhadas pela perda de parte do tempo de TV e do fundo partidário do União Brasil.

“Permitir a manutenção desses recursos com o partido transgressor, significa, além de premiar essa atuação antidemocrática, capacitar esses dirigentes com ainda mais poder para seguirem com a nefasta prática de gestão, em manifesta oposição ao princípio da razoabilidade, além de afrontosa ao sistema representativo.”

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