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Em segunda votação, Câmara de Curitiba confirma honraria ao falecido Olavo de Carvalho

Votos de apoio ao projeto de homenagem ao guru bolsonarista saltaram de 8 no primeiro turno para 14 na segunda avaliação da proposta

Em segunda votação, Câmara de Curitiba confirma honraria ao falecido Olavo de Carvalho
Em segunda votação, Câmara de Curitiba confirma honraria ao falecido Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho. Foto: Reprodução
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A Câmara Municipal de Curitiba aprovou em segundo turno nesta segunda-feira 10, a concessão de título de cidadania honorário ao escritor e autointitulado filósofo Olavo de Carvalho. A honraria já havia sido votada em primeiro turno na semana passada e segue agora para sanção do prefeito Rafael Greca (PSD).

Os votos favoráveis ao projeto de homenagem ao guru bolsonarista saltaram de oito no primeiro turno para 14 na segunda avaliação da proposta. Endossaram a medida os integrantes da bancada evangélica e da bancada da bala.

O texto apreciado tem autoria do vereador Éder Borges (PP) e data de 2021. O político justifica a honraria devido ao “amplo trabalho acadêmico” de Carvalho, e prossegue: “eis que contribuiu extensivamente para a academia brasileira, sendo grande influência de estudantes curitibanos das áreas do Direito, Ciência política, Sociologia, Filosofia e História”.

O escritor Olavo de Carvalho, no entanto, não tem formação acadêmica em nenhuma das áreas citadas pelo parlamentar. Carvalho ficou conhecido quando passou a escrever para jornais e ministrou cursos de filosofia e política, ao qual se intitulava autodidata, e obteve maior notoriedade com as menções do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus filhos.

O escritor faleceu em 2022, nos Estados Unidos, oito dias depois de ter sido diagnosticado com Covid-19. No entanto, a causa da morte não foi divulgada.

Durante a votação de segundo turno, a oposição reforçou críticas ao projeto. Vereadores contrários ao texto evidenciaram dezenas de discursos racistas, misóginos, homofóbicos e negacionistas proferidos por Olavo ao longo dos últimos anos. As manifestações, porém, reuniram apenas nove votos contrários. Outros quatro vereadores estavam presentes, mas optaram pela abstenção.

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