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Hillary tenta conseguir apoio da Argélia para intervenção no Mali

EUA defendem ofensiva militar contra radicais islâmicos que tomaram o norte do país

Hillary tenta conseguir apoio da Argélia para intervenção no Mali
Hillary tenta conseguir apoio da Argélia para intervenção no Mali
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, discursa no Departamento de Estado, em Washington, em 25 de outubro. Foto: ©AFP/Getty Images / Mark Wilson
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ARGEL (AFP) – Em breve visita à Argélia, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, tentou conseguir o apoio do presidente Abdelaziz Buteflika a uma eventual intervenção militar internacional no norte do Mali, país vizinho da Argélia, para expulsar os islamitas que tomaram a região nos últimos meses.

“Enquanto Estado mais poderoso do Sahel, a Argélia se converteu num interlocutor crucial para ocupar-se da AQMI (Al-Qaeda no Magreb Islâmico)”, explicou uma fonte do departamento de Estado americano abordo do avião de Hillary.

A Argélia, que a princípio era hostil a uma intervenção militar internacional no Mali e contrária a qualquer presença estrangeira em sua zona de influência, recentemente mudou de posição pelo temor de uma desestabilização de seu território, onde vivem 50 mil tuaregs. São grupos tuaregs os maiores responsáveis pela tomada do norte do Mali. Eles chegaram ao país com armamentos pesados depois de receberem armas do ex-ditador da Líbia, Muammar Kadafi, para combater os rebeldes que, apoiados por Estados Unidos, França, Reino Unido e Catar, tentavam tirar Kadafi do poder.

Dotada de um poderoso exército, a Argélia dispõe de uma experiência inegável na luta contra o terrorismo por ter combatido durante dez anos o Grupo Islâmico Armado (GIA) do qual a AQMI se oriunda, e de uma influência sobre os tuaregs por ter facilitado em várias ocasiões conversações entre o Estado maliense e os rebeldes.

Desde abril, os insurgentes armados do AQMI e seus aliados tuaregs de Ansar Dine, além do grupo islamita MUJAO, ocupam o norte do Mali, impondo uma versão draconiana da sharia (a lei islâmica) e uma divisão desse país com fronteira de 1.400 km com a Argélia.

Em 12 de outubro, a comunidade internacional, através do Conselho de Segurança da ONU, adotou uma resolução preparando a intervenção em Mali de uma força internacional de 3 mil homens. Na época, o Conselho deu à Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) um prazo até 26 de novembro para definir seus planos.

Na quinta-feira 25, o ministério argelino das Relações Exteriores limitou-se a anunciar, de forma muito prudente, que a visita de Hillary trataria da “associação econômica e de segurança entre os dois países, assim como sobre as questões da atualidade regional e internacional”.

Mais informações em AFP Móvil

ARGEL (AFP) – Em breve visita à Argélia, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, tentou conseguir o apoio do presidente Abdelaziz Buteflika a uma eventual intervenção militar internacional no norte do Mali, país vizinho da Argélia, para expulsar os islamitas que tomaram a região nos últimos meses.

“Enquanto Estado mais poderoso do Sahel, a Argélia se converteu num interlocutor crucial para ocupar-se da AQMI (Al-Qaeda no Magreb Islâmico)”, explicou uma fonte do departamento de Estado americano abordo do avião de Hillary.

A Argélia, que a princípio era hostil a uma intervenção militar internacional no Mali e contrária a qualquer presença estrangeira em sua zona de influência, recentemente mudou de posição pelo temor de uma desestabilização de seu território, onde vivem 50 mil tuaregs. São grupos tuaregs os maiores responsáveis pela tomada do norte do Mali. Eles chegaram ao país com armamentos pesados depois de receberem armas do ex-ditador da Líbia, Muammar Kadafi, para combater os rebeldes que, apoiados por Estados Unidos, França, Reino Unido e Catar, tentavam tirar Kadafi do poder.

Dotada de um poderoso exército, a Argélia dispõe de uma experiência inegável na luta contra o terrorismo por ter combatido durante dez anos o Grupo Islâmico Armado (GIA) do qual a AQMI se oriunda, e de uma influência sobre os tuaregs por ter facilitado em várias ocasiões conversações entre o Estado maliense e os rebeldes.

Desde abril, os insurgentes armados do AQMI e seus aliados tuaregs de Ansar Dine, além do grupo islamita MUJAO, ocupam o norte do Mali, impondo uma versão draconiana da sharia (a lei islâmica) e uma divisão desse país com fronteira de 1.400 km com a Argélia.

Em 12 de outubro, a comunidade internacional, através do Conselho de Segurança da ONU, adotou uma resolução preparando a intervenção em Mali de uma força internacional de 3 mil homens. Na época, o Conselho deu à Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) um prazo até 26 de novembro para definir seus planos.

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