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Justiça peruana ratifica 36 meses de prisão preventiva para Castillo

Ex-presidente é acusado de rebelião após uma tentativa de autogolpe de Estado

Foto: JAVIER TORRES / AFP
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Um tribunal de apelações peruano ratificou na sexta-feira 31 os 36 meses de prisão preventiva por suspeita de corrupção impostos ao ex-presidente Pedro Castillo, preso desde dezembro por acusações de rebelião após uma tentativa de autogolpe de Estado.

O ex-presidente terá que seguir atrás das grades até dezembro de 2025, enquanto a Justiça avança nas investigações e decide sobre uma eventual convocação para julgamento por ambos os crimes.

“A Sala Penal Permanente da Suprema Corte, presidida por César San Martín Castro, ratifica 36 meses de prisão preventiva ditados contra o ex-presidente Pedro Castillo Terrones, investigado pelo suposto crime de organização criminosa e outros”, assinalou o Judiciário no Twitter.

Em audiência virtual no último dia 10, o juiz Juan Carlos Checkley ordenou a segunda sanção preventiva contra Castillo, após ter ditado 18 meses por tentativa de dissolver inconstitucionalmente o Congresso, intervir no Judiciário e governar por decreto. O ex-presidente anunciou, então, que iria recorrer da decisão judicial.

Pelo caso de corrupção, dois ex-ministros de Castillo também cumprem prisão preventiva. Esquerdista e líder sindical dos professores, o ex-presidente nega as acusações de corrupção e afirma que foi “seqüestrado injustamente”.

A tese da promotoria é de que Castillo comandava da presidência uma rede de corrupção envolvendo lavagem de ativos e concessão de contratos de obras públicas, integrada por seu entorno familiar e político.

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