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Grupo Petrópolis pede recuperação judicial e menciona a alta taxa de juros no País
Empresa que controla marcas de cerveja como Itaipava e Crystal tem dívida de 4,2 bilhões de reais
O Grupo Petrópolis solicitou a abertura de um processo de recuperação judicial na segunda-feira 27, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, e obteve uma liminar no mesmo dia, por meio da juíza Elisabete Franco Longobardi.
O grupo controla 14 marcas de bebidas, sobretudo alcoólicas: as cervejas Itaipava, Crystal, Lokal, Black Princess, Petra, Weltenburger Kloster, Ampoli e Cabaré; as vodkas Nordka e Blue Spirit; os energéticos TNT e Magneto; os refrigerantes It!; e a água mineral Petra.
Segundo a defesa, representada pelos escritórios Salomão Sociedade de Advogados e Galdino & Coelho, a companhia acumula uma dívida de 4,2 bilhões de reais.
A ação aponta que o alto patamar da taxa Selic, que dá base aos juros no Brasil, gera um impacto de 395 milhões de reais por ano no fluxo de caixa do grupo.
Por decisão do Banco Central, a Selic permanece em 13,75%, um dos maiores percentuais do mundo. Em reunião na semana passada, o Comitê de Política Monetária manteve o índice pela 5ª vez consecutiva.
Consultores do mercado financeiro reconhecem os malefícios da decisão ao setor de varejo, mas atribuem a ordem do Copom à inflação e ao atraso na apresentação do novo arcabouço fiscal pelo governo.
Já o Palácio do Planalto tem dito que o Banco Central não tem explicações plausíveis para manter a taxa Selic nas alturas e pressiona para que o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, anuncie a redução do percentual.
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