Mundo
Líderes conservadores criam novo fórum na América Latina ante avanço da esquerda
Liderado pelo ex-presidente chileno Sebastián Piñera, fazem parte do grupo os presidentes Guillermo Lasso, do Equador, e Mario Abdo, do Paraguai, além dos ex-chefes de governo da Espanha José María Aznar e Mariano Rajoy, e dos ex-presidentes mexicanos Felipe Calderón e Vicente Fox


Um grupo de 11 líderes conservadores da América Latina e da Espanha, liderado pelo ex-presidente chileno Sebastián Piñera, lançou nesta sexta-feira (17) o Grupo Liberdade e Democracia, um fórum de discussão e coordenação de ações frente ao avanço dos governos de esquerda na região.
“Este grupo nasce hoje aqui, em Santiago, porque acreditamos que é absolutamente necessário nos organizarmos, agruparmos, para defender a liberdade e a democracia em nosso continente”, disse Piñera em um ato no qual estava acompanhado dos ex-governantes Andrés Pastrana, da Colômbia, e Jorge Quiroga, da Bolívia.
Também fazem parte do grupo os presidentes Guillermo Lasso, do Equador, e Mario Abdo, do Paraguai, além dos ex-chefes de governo da Espanha José María Aznar e Mariano Rajoy, e dos ex-presidentes mexicanos Felipe Calderón e Vicente Fox. A lista é completada pelos ex-presidentes da Colômbia Iván Duque e da Argentina Mauricio Macri.
No lançamento, as autoridades, que, em sua maioria, participaram de forma virtual, criticaram a situação de Cuba, Nicarágua e Venezuela pela “falta de liberdades” e pela violação dos direitos humanos. Ao mesmo tempo, questionaram “o silêncio” dos governos de esquerda, entre eles os de Brasil, Argentina, Colômbia e México, frente a essa situação.
Segundo Piñera, o fórum busca reunir políticos, acadêmicos, fundações e representantes da sociedade civil. Macri, por sua vez, afirmou que ex-presidentes e outras lideranças se autoconvocaram a “trabalhar em conjunto, e não a enfrentar de forma isolada” os governos e movimentos de esquerda, como o Fórum de São Paulo e o Grupo de Puebla”.
“Este grupo nasce para enfrentar os inimigos da democracia, com maior eficácia, mais vontade e mais coragem, a fim de, realmente, conseguir coordenar nossa ação e passar das palavras e boas intenções à ação e aos resultados”, ressaltou Piñera.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.