Política

Governo Lula ainda tem dificuldade para formar base, mas avança, diz Lira

Presidente da Câmara avaliou que até a votação da reforma tributária e do novo arcabouço fiscal, base de apoio estará solidificada

Governo Lula ainda tem dificuldade para formar base, mas avança, diz Lira
Governo Lula ainda tem dificuldade para formar base, mas avança, diz Lira
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, durante a votação da PEC da Transição. Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
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O governo Lula (PT) ainda encontra dificuldades para a formação da sua base de sustentação no Congresso Nacional. A avaliação é de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, em entrevista à GloboNews. O parlamentar, no entanto, diz que a gestão petista “tem avançado”.

“Vou falar pela minha Casa, a Câmara dos Deputados, [Lula] ainda tem dificuldade”, disse Lira na noite de quarta-feira 15. “Mas o governo tem avançado, tem evoluído nas suas avaliações. Nota-se o esforço que o governo fez de atrair partidos políticos para a sua base”.

Segundo Lira, é bastante provável que Lula consiga solidificar o apoio em breve, com tempo suficiente para garantir a aprovação da reforma tributária e do arcabouço fiscal, prioridades neste primeiro ano de governo.

“Eu acho que, muito antes desses testes maiores, que serão a reforma tributária, o arcabouço fiscal, as medidas provisórias, o governo já vai estar solidificado”, avaliou Lira.

O deputado do Centrão, que recentemente se reuniu com o presidente após declarar publicamente que Lula não tinha base consistente, também elogiou a condução política do governo nos assuntos econômicos.

“Ele [o ministro da Fazenda Fernando Haddad] conta com a simpatia dos líderes da Câmara”, destacou. Tem demonstrado muita maturidade e diálogo, buscando o equilíbrio desse texto. E nós precisamos desse texto”.

O texto final do novo regramento de responsabilidade será apresentado em detalhes a Lula na sexta-feira 17. Só após os ajustes é que deve ser levado para apreciação do Congresso. Já a reforma tributária, conforme sinalizou Haddad, tem previsão de caminhar na Câmara ainda no primeiro semestre do ano, chegando ao Senado após o recesso.

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