CartaExpressa

Há um surto coletivo entre golpistas do 8 de Janeiro, diz diretor-geral da PF

Andrei Passos afirmou não ser possível defender ‘liberdade absoluta’ nas redes sociais, porque não há direito absoluto no País

Há um surto coletivo entre golpistas do 8 de Janeiro, diz diretor-geral da PF
Há um surto coletivo entre golpistas do 8 de Janeiro, diz diretor-geral da PF
Registro dos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. Foto: Sergio Lima/AFP
Apoie Siga-nos no

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos, avaliou nesta segunda-feira 13 que golpistas presos por participação nos atos de 8 de janeiro vivem um “surto coletivo”. Ao defender alguma forma de regulamentação das redes sociais, ele afirmou não ser possível defender “liberdade absoluta” nas plataformas, porque não há direito absoluto no País.

Passos ministrou uma palestra sobre liberdade de expressão, redes sociais e democracia na FGV no Rio de Janeiro. Ele declarou que os ataques de terrorismo na capital federal nasceram nas redes e geraram “a maior prisão coletiva do Brasil, talvez do mundo, e as pessoas não se deram conta das responsabilidades do que fizeram no mundo real”.

“Cito o exemplo da Operação Lesa Pátria, de que já tivemos sete fases. Pude acompanhar muito de perto. Vimos que, de fato, há uma catarse, um surto coletivo. As pessoas, não sei se ainda creem estar no mundo virtual, mas não se dão conta de que estamos no mundo real”, afirmou.

Andrei Passos argumentou que as redes “se multiplicaram com as mesmas características das multidões psicológicas, que já são estudadas há muito tempo”.

“Quaisquer que sejam as pessoas que a compõem, por mais diferentes que possam ser, o mero fato de se transformar em multidão dota os indivíduos de uma espécie de alma coletiva.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo