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A violência continua

Atentato atribuído às Farc mostra que a repressão nas últimas décadas não eliminou a guerrilha na Colômbia

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Novas táticas. A guerrilha acuada reage no centro de Bogotá. Foto: Guillermo Legaria/AFP
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Em 15 de maio, em uma avenida do centro financeiro de Bogotá, a explosão de uma bomba imantada, aderida ao veículo do ex-ministro do Interior de Uribe Fernando Londoño, matou os dois guarda-costas e o feriu, além de outras 37 pessoas. Como ele atacava a guerrilha na mídia, é natural suspeitar das Farc, que também capturaram recentemente um jornalista francês que acompanhava militares na selva e pressionam por uma “troca de prisioneiros”.

A direita uribista usa esses incidentes para criticar Santos como “frouxo” na questão da segurança. Mas é patente o envolvimento do ex-presidente com o crime organizado. Dias antes, começou o julgamento de um ex-ministro e um ex-diretor da Presidência por subornar congressistas para aprovar a emenda que possibilitou a reeleição de Uribe em 2006.  E o ex-chefe paramilitar Salvatore Mancuso, preso nos EUA por narcotráfico, admitiu ter se relacionado com o serviço secreto colombiano e apoiado a reeleição de Uribe com dinheiro para propaganda e transporte de eleitores.

E no Peru, enquanto o presidente Ollanta Humala viajava a Seul, seus ministros de Defesa e Interior renunciaram para evitar uma moção de censura do Congresso, depois de tentarem acobertar com mentiras seu fiasco ante o Sendero Luminoso que, na selva de Cuzco, obteve resgate pela libertação de reféns, matou soldados e policiais e foi entrevistado pela imprensa sem sofrer nenhuma baixa. A estratégia de repressão continua, porém, inalterada.

Em 15 de maio, em uma avenida do centro financeiro de Bogotá, a explosão de uma bomba imantada, aderida ao veículo do ex-ministro do Interior de Uribe Fernando Londoño, matou os dois guarda-costas e o feriu, além de outras 37 pessoas. Como ele atacava a guerrilha na mídia, é natural suspeitar das Farc, que também capturaram recentemente um jornalista francês que acompanhava militares na selva e pressionam por uma “troca de prisioneiros”.

A direita uribista usa esses incidentes para criticar Santos como “frouxo” na questão da segurança. Mas é patente o envolvimento do ex-presidente com o crime organizado. Dias antes, começou o julgamento de um ex-ministro e um ex-diretor da Presidência por subornar congressistas para aprovar a emenda que possibilitou a reeleição de Uribe em 2006.  E o ex-chefe paramilitar Salvatore Mancuso, preso nos EUA por narcotráfico, admitiu ter se relacionado com o serviço secreto colombiano e apoiado a reeleição de Uribe com dinheiro para propaganda e transporte de eleitores.

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