Política
Bolsonaro tira AGU de sua defesa e nomeia advogados para atuar em 28 casos na Justiça
A maioria dos casos contra o ex-presidente tramita no STF e são de relatoria do ministro Alexandre de Moraes
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) retirou a Advocacia-Geral da União de sua defesa nos 28 casos em que é envolvido na Justiça.
O ex-capitão teria a prerrogativa de continuar sendo defendido pelo advogados do Estado, mas preferiu contratar uma banca de representantes privados.
Entre os casos em que é alvo, cuja maioria tramita no Supremo Tribunal Federal, estão as multas sanitárias por não usar máscara de proteção durante a pandemia, a investigação sobre envolvimento nos atos antidemocráticos e o procedimento que apura a conduta do ex-presidente na condução da pandemia da Covid-19, resultado do relatório final da CPI no Senado.
Bolsonaro também é alvo de investigação que visa determinar se houve interferência na autonomia da Polícia Federal para blindar familiares e aliados, bem como de procedimento que busca apurar se o ex-presidente vazou informações sigilosas de inquérito da PF sobre a invasão hacker no Tribunal Superior Eleitoral.
A banca de representantes do ex-capitão é formada por Marcelo Bessa, advogados PL, Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, ex-ministro do TSE e Victor Granado, advogado de confiança de Flávio Bolsonaro (PL).
Segundo o assessor do ex-capitão e ex-chefe de gabinete do presidente, João Henrique Nascimento de Freitas, a troca não foi motivada por desconfiança de Bolsonaro sob a equipe da AGU, e sim porque os casos demandam “acompanhamento mais próximo. A informação foi obtida pela Folha.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.