CartaExpressa

Lewandowski interrompe julgamento no STF sobre alcance da Justiça Militar

A análise terá de ser retomada no plenário físico da Corte; não há data agendada para o julgamento

Lewandowski interrompe julgamento no STF sobre alcance da Justiça Militar
Lewandowski interrompe julgamento no STF sobre alcance da Justiça Militar
Ricardo Lewandowski lembra que a Constituição pune a atuação de grupos armados contra a ordem democrática. Alexandre de Moraes irritou o bolsonarismo ao negar prisão domicilar a Roberto Jefferson. (FOTO: STF)
Apoie Siga-nos no

O Supremo Tribunal Federal suspendeu mais uma vez, nesta quinta-feira 16, um julgamento sobre o alcance das competências da Justiça Militar. O ministro Ricardo Lewandowski pediu um destaque durante a sessão no plenário virtual, o que leva a análise para o plenário físico da Corte.

A decisão de Lewandowski também faz com o que placar fique zerado, com exceção do voto de Marco Aurélio Mello, hoje aposentado, mas relator do processo à época em que o julgamento começou.

A ação, apresentada em 2013 pelo então procurador-geral da República Roberto Gurgel, questiona o dispositivo que considera a Justiça Militar responsável pela análise de crimes eventualmente cometidos no “exercício das atribuições subsidiárias das Forças Armadas”, a exemplo de operações de Garantia da Lei e da Ordem. O caso não tem ligação direta com os ataques às sedes dos Três Poderes no mês passado.

O julgamento começou em 2018. Na ocasião, Marco Aurélio votou por manter a legislação atual, sob o argumento de que a discussão não poderia ser feita “como simples deliberação a respeito dos limites de competência da Justiça castrense”.

Antes de o placar ser zerado, acompanharam o relator os ministros Alexandre de Moraes, Roberto Barroso, Luiz Fux e Dias Toffoli. Edson Fachin e Ricardo Lewandowski divergiram. Não há data agendada para a análise ser retomada.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo