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PSOL vai ao STF contra interpretações golpistas sobre o artigo 142 da Constituição

O pretexto é utilizado por bolsonaristas para pregar uma intervenção militar no Brasil

PSOL vai ao STF contra interpretações golpistas sobre o artigo 142 da Constituição
PSOL vai ao STF contra interpretações golpistas sobre o artigo 142 da Constituição
Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL
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O PSOL solicitou que o Supremo Tribunal Federal declare inconstitucionais as interpretações golpistas do artigo 142 da Constituição, utilizadas por bolsonaristas para pregar uma intervenção militar no Brasil.

A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental protocolada pelo partido busca atestar a ilegalidade de interpretações que:

  • caracterizem as Forças Armadas como “Poder Moderador”;
  • tentem ampliar suas atribuições para além daquelas fixadas pelo texto constitucional, especialmente sobre supostas competências para arbitrar conflitos entre Poderes;
  • permitam a ruptura total ou parcial do regime democrático;
  • viabilizem a instauração de um governo de exceção pelas Forças Armadas.

Diz o artigo 142: “As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.

Para o PSOL, as interpretações inconstitucionais podem caracterizar, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e sabotagem.

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