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Incêndios no sul do Chile deixam mais de 20 mortos

Segundo o subsecretário do Interior, Manuel Monsalve, foram registrados 997 feridos, 26 deles em estado grave

Incêndios no sul do Chile deixam mais de 20 mortos
Incêndios no sul do Chile deixam mais de 20 mortos
Foto: JAVIER TORRES / AFP
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Os incêndios florestais que afetam a zona centro-sul do Chile já deixaram 24 mortos, 997 feridos e destruíram completamente 800 casas em cinco dias, segundo relatórios oficiais divulgados neste domingo 5.

Favorecido por ventos moderados e fortes e temperaturas acima de 40ºC, o incêndio devastou cerca de 270 mil hectares em uma região localizada cerca de 500 km ao sul de Santiago.

Segundo o subsecretário do Interior, Manuel Monsalve, foram registrados 997 feridos, 26 deles em estado grave.

Na área agrícola rodeada por florestas e devastada pelo fogo, repetem-se cenas de terrenos reduzidos a cinzas, animais mortos e camponeses que perderam tudo.

O presidente chileno, Gabriel Boric, acompanhou o velório de um bombeiro na cidade de Coronel. “O Chile inteiro chora com vocês. Estou aqui para lhes dizer que não estão sozinhos, que a família de Yesenia (Muñoz, bombeiro que morreu) não estará sozinha”, afirmou o presidente.

Alívio

Na manhã deste domingo, a queda das temperaturas parecia dar um alívio aos 5.300 brigadistas e bombeiros que combatem os incêndios.

Segundo o Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred), o número de incêndios que estavam sendo combatidos passou de 87 para 51.

“Estamos em uma pequena janela de melhora das condições meteorológicas entre hoje e amanhã, o que significa que não estamos com temperaturas extremas”, disse Manuel Monsalve, alertando que os termômetros podem voltar a se aproximar dos 40ºC na terça-feira.

O funcionário afirmou que há 10 pessoas detidas por responsabilidade no início de alguns dos incêndios.

“Enfrentamos a emergência com união”, destacou o presidente Boric em sua conta no Twitter. Neste domingo, ele voltou a visitar a cidade de Concepción, a 510 km de Santiago, onde observou as áreas afetadas.

A ajuda internacional começou a se consolidar com a partida da Espanha hoje de um avião e um contingente de 50 pessoas, entre especialistas, militares e pilotos de drones.

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