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Ataque dos talibãs deixa sete mortos em Cabul

Horas antes da ação dos aliados da Al-Qaeda, Obama havia prometido ‘um novo dia’ em visita ao país

Ataque dos talibãs deixa sete mortos em Cabul
Ataque dos talibãs deixa sete mortos em Cabul
Os talibãs foram expulsos do poder pelos Estados Unidos no fim de 2001 ©AFP / Shah Marai
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CABUL (AFP) – Os talibãs atacaram nesta quarta-feira, dia em que a morte de Osama Bin Laden completa um ano, uma residência para estrangeiros em Cabul, e provocaram sete mortes, poucas horas depois da visita do presidente Barack Obama ao país com o objetivo de preparar o final da guerra.

Além disso, os rebeldes talibãs anunciaram o início de uma “ofensiva de primavera” no Afeganistão contra as forças da Otan e todos os aliados que sustentam o governo afegão.

A ação desta quarta-feira no subúrbio da capital afegã mostrou mais uma vez a capacidade dos talibãs, aliados da Al-Qaeda, de atacar até na cidade a princípio ultraprotegida, menos de dois anos antes da saída prevista das tropas de combate da Otan do país e da transferência de segurança às forças locais.

O ataque começou às 06h15 locais, quando rebeldes disfarçados com burqas detonaram um carro-bomba diante do “Green Village”, um complexo muito protegido que abriga, entre outros, funcionário da ONU, da União Europeia e de ONGs, antes de atacar os guardas do local.

De acordo com o ministério afegão do Interior, sete pessoas morreram, incluindo um guarda. Pelo menos seis vítima são afegãs.

Dezoito pessoas ficaram feridas na ação, que terminou pouco depois das 10H00, quando a força da Otan no Afeganistão (Isaf) anunciou que matou todos os criminosos – três segundo o ministério do Interior.

Os talibãs reivindicaram o ataque, que segundo os insurgentes foi uma resposta à visita relâmpago de Barack Obama ao país.

Os rebeldes talibãs também anunciaram nesta quarta-feira uma “ofensiva de primavera”, a operação “Al Faruq”, terá como alvos os “invasores estrangeiros, seus conselheiros, seus terceirizados e todos aqueles que os ajudem militarmente e por meio de inteligência”.

Durante as seis horas que permaneceu no país, exatamente um ano após a morte de Osama Bin Laden, Obama, que busca a reeleição, se apresentou aos compatriotas como um comandante-em-chefe capaz de acabar com o conflito, mas sem mencionar uma data.

Quase 11 anos depois da invasão dos Estados Unidos ao Afeganistão em resposta ao 11 de setembro, derrubando o regime talibã que abrigava a Al-Qaeda e seu líder, mais de 1.950 soldados americanos morreram no conflito, que irrita cada vez mais a opinião pública americana.

Em um discurso aos soldados americanos na base de Bagram, exibido ao vivo pelos canais de TV dos Estados Unidos, Obama prometeu “um novo dia” aos compatriotas e afirmou que vencer a Al-Qaeda estava ao alcance dos Estados Unidos.

Obama reconheceu que muitos americanos estão cansados da guerra e prometeu não colocar os compatriotas em risco, além de ter destacado a necessidade de acabar com a guerra de maneira responsável.

Durante a visita, o presidente americano assinou um acordo de cooperação estratégica com o colega afegão, Hamid Karzai, que estabelece as condições da presença de soldados americanos no país até 2024.

O acordo não contempla bases militares permanentes no Afeganistão, mas compromete este país a dar “acesso e permitir a atuação das forças americanas até 2014 e além”. Obama também voltou a pedir aos talibãs que entreguem as armas e participem na reconciliação nacional.

A força da Otan, comandada por Washington, ainda tem 130 mil soldados, mais de dois terços deles americanos. Os países ocidentais programam a retirada de todas as tropas de combate do país até o fim de 2014, deixando o Afeganistão sob o risco de uma guerra civil.

 

CABUL (AFP) – Os talibãs atacaram nesta quarta-feira, dia em que a morte de Osama Bin Laden completa um ano, uma residência para estrangeiros em Cabul, e provocaram sete mortes, poucas horas depois da visita do presidente Barack Obama ao país com o objetivo de preparar o final da guerra.

Além disso, os rebeldes talibãs anunciaram o início de uma “ofensiva de primavera” no Afeganistão contra as forças da Otan e todos os aliados que sustentam o governo afegão.

A ação desta quarta-feira no subúrbio da capital afegã mostrou mais uma vez a capacidade dos talibãs, aliados da Al-Qaeda, de atacar até na cidade a princípio ultraprotegida, menos de dois anos antes da saída prevista das tropas de combate da Otan do país e da transferência de segurança às forças locais.

O ataque começou às 06h15 locais, quando rebeldes disfarçados com burqas detonaram um carro-bomba diante do “Green Village”, um complexo muito protegido que abriga, entre outros, funcionário da ONU, da União Europeia e de ONGs, antes de atacar os guardas do local.

De acordo com o ministério afegão do Interior, sete pessoas morreram, incluindo um guarda. Pelo menos seis vítima são afegãs.

Dezoito pessoas ficaram feridas na ação, que terminou pouco depois das 10H00, quando a força da Otan no Afeganistão (Isaf) anunciou que matou todos os criminosos – três segundo o ministério do Interior.

Os talibãs reivindicaram o ataque, que segundo os insurgentes foi uma resposta à visita relâmpago de Barack Obama ao país.

Os rebeldes talibãs também anunciaram nesta quarta-feira uma “ofensiva de primavera”, a operação “Al Faruq”, terá como alvos os “invasores estrangeiros, seus conselheiros, seus terceirizados e todos aqueles que os ajudem militarmente e por meio de inteligência”.

Durante as seis horas que permaneceu no país, exatamente um ano após a morte de Osama Bin Laden, Obama, que busca a reeleição, se apresentou aos compatriotas como um comandante-em-chefe capaz de acabar com o conflito, mas sem mencionar uma data.

Quase 11 anos depois da invasão dos Estados Unidos ao Afeganistão em resposta ao 11 de setembro, derrubando o regime talibã que abrigava a Al-Qaeda e seu líder, mais de 1.950 soldados americanos morreram no conflito, que irrita cada vez mais a opinião pública americana.

Em um discurso aos soldados americanos na base de Bagram, exibido ao vivo pelos canais de TV dos Estados Unidos, Obama prometeu “um novo dia” aos compatriotas e afirmou que vencer a Al-Qaeda estava ao alcance dos Estados Unidos.

Obama reconheceu que muitos americanos estão cansados da guerra e prometeu não colocar os compatriotas em risco, além de ter destacado a necessidade de acabar com a guerra de maneira responsável.

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